Pular para o conteúdo principal

Anônimo compra manuscrito de Darwin por R$ 4,6 milhões

O naturalista defende no documento a teoria da evolução das espécies, que então estava sob fortes ataques

A casa de leilões Sotheby’s, em Londres, vendeu um manuscrito intacto de Charles Darwin (1809 – 1882) por 882 mil dólares (R$ 4,6 milhões), o valor mais alto até agora obtido por um documento do naturalista inglês. O comprador pediu anonimato.

O documento foi escrito em 1865 a pedido da revista The Autographic Mirror, que estava publicando uma série de reproduções da caligrafia e assinatura de pessoas famosas com a biografia delas.

Na época, a teoria da evolução das espécies, publicada em livro havia 6 anos, estava sob fortes ataques, principalmente de religiosos. Darwin aproveitou a oportunidade para se defender, escrevendo o seguinte:


Agora, recapitulei os principais fatos e considerações que me convenceram completamente de que as espécies foram modificadas, durante um longo curso de descendência, pela preservação ou seleção natural de muitas variações sucessivas e favoráveis. Não posso acreditar que uma teoria falsa explicaria, como me parece que a teoria da seleção natural explica, as várias grandes classes de fatos especificados acima. Não é uma objeção válida que a ciência ainda não tenha lançado luz sobre o problema muito mais elevado da essência ou da origem da vida. Quem pode explicar qual é a essência da atração da gravidade? Ninguém agora se opõe a seguir os resultados desse elemento desconhecido de atração; no entanto, Leibnitz anteriormente acusou Newton de introduzir "qualidades ocultas e milagres na filosofia - Charles Darwin.

Até hoje, o livro "A Origem das Espécies" é criticado por religiosos, principalmente pelos criacionistas, para os quais Deus criou todos os seres e tudo, permanecendo inalterados. 

A versão mais recente do criacionismo é o "design inteligente", que visa dar uma aparência de ciência a argumentos inspirados na Bíblia. 

> Com informação da BBC Brasil e de outras fontes.


• Carta em que Darwin nega Bíblia é leiloada por US$ 197 mil



Comentários

Post mais lidos nos últimos 7 dias

90 trechos da Bíblia que são exemplos de ódio e atrocidade

Veja 14 proibições das Testemunhas de Jeová a seus seguidores

Historiador católico critica Dawkins por usar o 'cristianismo cultural' para deter o Islã

Jesus não é mencionado por nenhum escritor de sua época, diz historiador

'Sou a Teresa, fui pastora da Metodista e agora sou ateia'

Pastor Lucinho organiza milícia para atacar festa de umbanda

Ex-freira Elizabeth, 73, conta como virou militante ateísta

'Quando saí [do  convento], era como eu  tivesse renascido' Elizabeth Murad (foto), de Fort Pierce (EUA), lembra bem do dia em que saiu do convento há 41 anos. Sua sensação foi de alívio. Ela tocou as folhas de cada árvore pela qual passou. Ouviu os pássaros enquanto seus olhos azuis percorriam o céu, as flores e grama. Naquele dia, tudo lhe parecia mais belo. “Quando saí, era como se eu estivesse renascido”, contou. "Eu estava usando de novo os meus sentidos, querendo tocar em tudo e sentir o cheiro de tudo. Senti o vento soprando em meu cabelo pela primeira vez depois de um longo tempo." Ela ficou 13 anos em um convento franciscano de Nova Jersey. Hoje, aos 73 anos, Elizabeth é militante ateísta. É filiada a uma fundação que denuncia as violações da separação entre o Estado e Igreja. Ela tem lutado contra a intenção de organizações religiosas de serem beneficiadas com dinheiro público. Também participa do grupo Treasure Coast , de humanistas seculares.

Só metade dos americanos que dizem 'não acredito em Deus' seleciona 'ateu' em pesquisa

Música gravada pelo papa Francisco tem acordes de rock progressivo. Ouça