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Empresa terá de indenizar ateia por obrigá-la a rezar o pai-nosso

Justiça de Minas confirmou sentença que determina pagamento de indenização de R$ 10 mil

O TRT-3 (Tribunal Regional do Trabalho de 3ª Região) manteve a condenação de primeira instância a uma empresa de produtos odontológicos que obrigava uma funcionária ateia a rezar o pai-nosso antes do início do horário de trabalho, com outros trabalhadores, cerca de 50.

A 11ª Turma do Tribunal também confirmou o valor de R$ 10 mil de indenização por danos morais à trabalhadora, que, após três anos de trabalho, pediu demissão em 2020 por sofrer constrangimentos. Em seguida, ela recorreu à Justiça do Trabalho.

A trabalhadora ainda tem o direito de horas extras, 30 minutos de intervalo intrajornada e a incorporação de uma diferença salarial de R$ 900, que ela recebia por fora. A empresa terá de recolher o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e pagar 13º salário e férias, com a correção da inflação.

Pela decisão da Justiça,
ninguém é obrigado a
rezar no trabalho

A empresa apresentou recurso para contestar a decisão do TRT junto ao TST (Tribunal Superior do Trabalho). O pedido ainda não foi submetido a uma avaliação.

De acordo com os autos, para evitar a oração, a então funcionária chegava às vezes com 10 minutos de atraso, o que lhe valeu, segundo ela, maior perseguição por uma diretora da empresa.

A trabalhadora contou que em uma ocasião, quando estava grávida, a diretora puxou suas tranças, sugerindo estar com piolhos.

Ela disse disse que, quando tinha de ir ao médico que acompanhava a sua gestação, a diretora se irritava, dizendo que "gravidez não é doença" nem "meio de vida".

A sentença da juíza Priscila Rajao Cotta Pacheco, da 16ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte, confirmada pelo TRT afirma que a diretora cometeu "violação de diversos direitos e garantias individuais como liberdade de crença, racismo, honra, imagem, direito de ação, além de violação de dados pessoais".
 
Com informação da Justiça do Trabalho de Minas Gerais.

• Saiba de 10 características dos ateus dos Estados Unidos

• Há diferentes caminhos que levam uma pessoa ao ateísmo



Comentários

Anônimo disse…
Como os pedidos divinos não são atendidos, esses crentes ficam obrigando os outros a rezarem pro Deus deles, pra ver se conseguem mais atenção de Jesus.

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'Quando saí [do  convento], era como eu  tivesse renascido' Elizabeth Murad (foto), de Fort Pierce (EUA), lembra bem do dia em que saiu do convento há 41 anos. Sua sensação foi de alívio. Ela tocou as folhas de cada árvore pela qual passou. Ouviu os pássaros enquanto seus olhos azuis percorriam o céu, as flores e grama. Naquele dia, tudo lhe parecia mais belo. “Quando saí, era como se eu estivesse renascido”, contou. "Eu estava usando de novo os meus sentidos, querendo tocar em tudo e sentir o cheiro de tudo. Senti o vento soprando em meu cabelo pela primeira vez depois de um longo tempo." Ela ficou 13 anos em um convento franciscano de Nova Jersey. Hoje, aos 73 anos, Elizabeth é militante ateísta. É filiada a uma fundação que denuncia as violações da separação entre o Estado e Igreja. Ela tem lutado contra a intenção de organizações religiosas de serem beneficiadas com dinheiro público. Também participa do grupo Treasure Coast , de humanistas seculares.

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