Fuga de fiéis da Igreja Católica alemã bate novo recorde

Hierarquia da Igreja na Alemanha fica abalada com os dados de 2021

No ano passado, 359.338 pessoas deixaram a Igreja Católica da Alemanha — é um novo recorde porque representa quase um terço a mais em relação a 2020. Naquele ano, a Igreja obteve a adesão de apenas 1.465 pessoas.

Divulgada hoje, a informação é do anuário publicado pela Conferência Episcopal Alemã e as 27 arquidioceses.

As estatísticas não refletem a repercussão do relatório divulgado em janeiro de 2022 sobre os abusos sexuais cometidos por sacerdotes.

Houve aumento de casamentos e batismos, que dobraram, mas trata-se, em parte, de sacramentos que deixaram de ser celebrados durante a quarentena do coronavírus.

Igreja alemã:
bela, enorme
e vazia

 Agora, os católicos representam 26% da população, com 21.645.875 seguidores.

O presidente da Conferência Episcopal Alemã, dom Georg Bätzing, disse estar "profundamente chocado".

“Os números de 2021 mostram a profunda crise em que  encontramos." 

O padre jesuíta Ansgar Wiedenhaus, que foi pároco em Colônia e depois responsável pela Igreja de Santa Clara, em Nuremberg, afirmou que a Igreja Católica precisa de autocrítica, para entender o "seu comportamento nos últimos séculos".

"A igreja pode já ter jogado fora a confiança das pessoas envolvendo questões de vida e fé. Muito já está em ruínas."

Ele defende mudanças de comportamento da Igreja, mas, ainda assim, teme que seja tarde, porque "o trem já partiu".

> Com informação da Igreja Católica da Alemanha e de outras fontes.

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