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Ceticismo moldou o gênio científico de Albert Einstein

Cientista foi um “ateu funcional”

JAMES A. HAUGHT
Freedom From Religion Foundation

Todos, em todos os lugares, conhecem Albert Einstein como um símbolo mundial do gênio científico. O que é menos conhecido é seu ceticismo.

Einstein às vezes usava a palavra “Deus” para significar as incríveis leis do universo, mas ele era um ateu funcional. Por exemplo, ele escreveu no The New York Times em 1930: “Não consigo imaginar um deus que recompense e puna os objetos de sua criação, cujos propósitos são modelados de acordo com os nossos — um deus, em suma, que é apenas um reflexo do ser humano. Tampouco posso acreditar que o indivíduo sobreviva à morte de seu corpo, embora almas fracas abriguem tais pensamentos por medo e egoísmo ridículo.”

Até mesmo seu trabalho — o alcance e o brilho — é ironicamente pouco compreendido. Claro, muitas pessoas se lembram que sua famosa equação de 1905 E=MC 2 — mostrando que uma pequena quantidade de matéria pode ser transformada em uma quantidade estupenda de energia — abriu o caminho para a energia nuclear e bombas.

Mas, por outro lado, mesmo pessoas bem educadas muitas vezes são vagas sobre tudo o que Einstein fez para se tornar o cientista mais famoso do planeta. Li um livro simplificado, Essential Einstein, e destilei este esboço:

— Entre 1902 e 1909, enquanto morava em Berna, na Suíça, Einstein publicou 32 artigos científicos. Em 1905, seu “ano milagroso”, ele surpreendeu o mundo com quatro revoluções mais outro trabalho:

— Efeito fotoelétrico: ele confirmou a teoria quântica mostrando que a luz é quantizada, viajando em pacotes de energia individuais, fótons, que fazem os elétrons saltarem aleatoriamente de metal. Por isso, ele recebeu o Prêmio Nobel de Física de 1921.

— Relatividade Especial: depois que o experimento de Michelson-Morley de 1887 mostrou que a velocidade da luz é absolutamente constante, Einstein deduziu que tudo mais deve variar à medida que a velocidade aumenta: o tempo diminui, a massa aumenta, as dimensões diminuem na direção do movimento. Isso tem implicações filosóficas profundas porque mostra que a realidade não é tão fixa e tangível quanto pensamos que é. Muitos testes modernos confirmaram as mudanças estranhas.

— Intercambialidade de matéria e energia, como demonstra sua renomada equação E=MC2.

— Movimento browniano: Einstein confirmou a teoria dos átomos mostrando que gases e líquidos consistem em um grande número de partículas invisíveis hiperpequenas que disparam e ricocheteiam.

— Dimensões das moléculas: Sua tese de doutorado mostrou como calcular o tamanho das moléculas e o número de Avogadro, a contagem de moléculas em uma quantidade de gás chamada mol.

Ceticismo explica
o ateísmo funcional
do cientista 

Nos anos seguintes, ele se envolveu em uma cavalgada de pesquisas igualmente inovadoras:

1906 — Um artigo sobre radiação de calor.

1907 — O Princípio da Equivalência, no qual Einstein mostrou que gravidade e aceleração são indistinguíveis nos efeitos que produzem.

1910 — Um artigo sobre opalescência, a dispersão do azul no céu diurno.

1911 — Sua famosa teoria de que a gravidade dobra as ondas de luz, que foi confirmada durante um eclipse de 1919, quando os astrônomos viram que as estrelas atrás da posição do sol mascarado pareciam ligeiramente fora do lugar.

1915 — Relatividade Geral, mostrando que a gravidade da matéria distorce o espaço ao seu redor.

1917 — Einstein começou principalmente no campo da cosmologia aplicando a Relatividade Geral a todo o universo. Esse trabalho continha previsões de buracos negros e do universo em expansão.

1925 — Condensado de Bose-Einstein: juntou-se ao físico indiano Satyendra Bose na hipótese de um quinto estado da matéria (após sólido, líquido, gás e plasma). Se a matéria for resfriada até quase o zero absoluto, eles previram, os efeitos quânticos assumirão o controle, dando-lhe um comportamento estranho, como sair de seu recipiente. Isso foi alcançado em 1995 por três físicos norte-americanos que ganharam o Prêmio Nobel de 2001 por isso.

1936 — Lente gravitacional: Einstein previu que a gravidade de galáxias inteiras ou aglomerados de galáxias curvaria tanto a luz que passava que estrelas distantes poderiam aparecer em vários lugares simultaneamente. Agora, esses “anéis de Einstein” e “cruzes de Einstein” são encontrados no céu.

Apesar de seu intelecto surpreendente, Einstein tinha uma humildade gentil e a capacidade de rir de si mesmo. O gênio desgrenhado — que usava ternos adequados quando jovem, mas progrediu para cabelos rebeldes e moletons — também é conhecido por suas atividades humanitárias, como suas campanhas antiguerra e tentativas de estabelecer um governo mundial.

Ele era talvez o maior exemplo da história de profunda capacidade da mente humana. E ele era um cético em cima disso.

> James A. Haught é jornalista e membro da FFRF (Freedom From Religion Foundation), organização sem fins lucrativos que se dedica à defesa da separação entre o Estado e a Igreja.

Anônimo paga US$ 3 mi pela carta da descrença de Einstein


Pensamento analítico reduz convicção até de crente devoto


Comentários

Marco Antonio F disse…
Albert Einstein: O Farsante
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Hoje em dia não há quem pense duas vezes quando se pergunta quem foi o maior físico da história, é unânime, Albert Einstein. Mas será que realmente conhecemos este indivíduo que tinha notas abaixo da média na escola, não sabia dirigir e sequer conseguia dar algumas pedaladas de bicicleta? Seria este o responsável por grandes descobertas tal como a teoria da relatividade e um dos maiores vencedores do prêmio Nobel? César Lattes, físico brasileiro que esteve prestes a ganhar, por duas vezes, o Prêmio Nobel de Física, por ter descoberto o méson pi, contesta firmemente este judeu-alemão que se tornou um ícone e até objeto de estudo por parte de cientistas que chegaram a analisar parte de seu cérebro. Em entrevista a um jornal, César Lattes afirma que Einstein plagiou a Teoria da Relatividade do físico e matemático francês Jules Henri Poincaré, em 1905. Alega que a Teoria da Relatividade não é invenção dele, que já existia há séculos, "Vem da Renascença, de Leonardo Da Vinci, Galileu e Giordano Bruno".
Paulo Lopes disse…
Gostaria que ter o link desta entrevista.
Marco Antonio F disse…
Entrevista com César Lattes em 05/08/96 no jornal Diário do Povo, Campinas.
https://inacreditavel.com.br/wp/entrevista-cesar-lattes-fala-sobre-einstein/

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