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Na Espanha, prefeita retira crucifixo franquista de convento; católicos reagem

A prefeita Carmen Flores, de Aguillar (Espanha), retirou da frente do Convento das Carmelitas Descalças um crucifixo que foi levantado em 1938 em homenagem aos fascistas que morreram defendendo o Governo de Franco

Católicos de toda a Espanha reagiram ao que entendem ser uma "perseguição ao cristianismo". Argumentaram que a placa no crucifixo que fazia referências aos nazistas foi retirada por lideranças de esquerda em 1980.

Para Flores, isso não muda a origem do monumento. Ela é do PSOE (Partido Socialista Operário Espanhol), partido do presidente Pedro Sánchez, que tem tomado medidas para a secularização da Espanha, com a promulgação da Lei da Memória Histórica, para banir símbolos religiosos de lugares públicos e outras medidas.

A Associação dos Advogados Cristãos vai recorrer à Justiça para que o crucifixo seja recolocado no convento. Até integrantes do PSOE reclamam da prefeita. 

Flores frequentou a Igreja Católica até aos 20 anos e desde então não tem religião. Ela afirma, contudo, que não é antirreligiosa, tanto que a sua administração tem ajudado a Igreja na recuperação de obras, inclusive de crucifixos com valor artístico, e esse não é o caso daquele que estava no convento.

Na Guerra Civil Espanhola (1936-39) os franquistas mataram cerca de 150.000 republicanos. Pelo menos 20.000 foram executados sumariamente quando houve a vitória dos fascistas.

Até hoje há cerca de 112 mil combatentes pela democracia enterrados em locais não identificados.

O presidente Sánchez está transformando o Vale dos Caídos — mausoléu do ditador que hoje é uma basílica católica — em um cemitério civil, onde não poderá haver qualquer tipo de exaltação ao líder do fascismo.

Cruz fascista foi removida
sob protesto do convento

Com informações das agências internacionais e foto de divulgação.

Aliança entre extrema direita e religião criou o cristo-fascismo, diz teólogo



Comentários

Anônimo disse…
A Espanha está correta, fascista tem que ser jogado em vala comum, não pode ter homenagens e enterros.
Unknown disse…
La Pasionaria.
Mello disse…
O problema é que esse podemos é uma ramo do fascismo também.

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'Quando saí [do  convento], era como eu  tivesse renascido' Elizabeth Murad (foto), de Fort Pierce (EUA), lembra bem do dia em que saiu do convento há 41 anos. Sua sensação foi de alívio. Ela tocou as folhas de cada árvore pela qual passou. Ouviu os pássaros enquanto seus olhos azuis percorriam o céu, as flores e grama. Naquele dia, tudo lhe parecia mais belo. “Quando saí, era como se eu estivesse renascido”, contou. "Eu estava usando de novo os meus sentidos, querendo tocar em tudo e sentir o cheiro de tudo. Senti o vento soprando em meu cabelo pela primeira vez depois de um longo tempo." Ela ficou 13 anos em um convento franciscano de Nova Jersey. Hoje, aos 73 anos, Elizabeth é militante ateísta. É filiada a uma fundação que denuncia as violações da separação entre o Estado e Igreja. Ela tem lutado contra a intenção de organizações religiosas de serem beneficiadas com dinheiro público. Também participa do grupo Treasure Coast , de humanistas seculares.

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