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Juiz nega liminar a ateus para impedir construção de Museu da Bíblia no DF

O juiz Paulo Afonso Carmona, da 1ª instância do Distrito Federal, negou à Atea (Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos) concessão de liminar para impedir a construção de um Museu da Bíblia em uma área tombada pelo patrimônio histórico.

Carmona argumentou que não poderia impugnar uma obra, se fosse o caso, cujo projeto não existe formalmente.

Ressaltou que não houve licitação para a escolha do projeto arquitetônico nem para contratar uma construtora, existindo apenas estudos iniciais.

Os ateus poderão recorrer, mas a decisão do juiz sinaliza que, se os parlamentares evangélicos pretendem levar a ideia adiante, terão de submeter ao trâmite legal.

O governador Ibaneis Rocha (MDB) se comprometeu a doar um lote de 15 mil metros quadrados para construção do monumento pelo sistema PPP (parceria p0blico-privada). Mas para ocorrer a doação os parlamentares distritais terão de aprovar uma lei.

O Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) também teria de aprovar a doação do terreno.

Para a Atea, a construção do Museu da Bíblia seria um atentado à laicidade de Estado e haveria desvio de finalidade de recursos públicos.

A bancada evangélica argumenta que Oscar Niemeyer (1907-2012), o arquiteto de Brasília, deixou um esboço de um Museu da Bíblia, mas estudiosos afirmam que se trata de simples rascunho, não um projeto.

Pela pretensão da bancada evangélica, o museu, além de local para exposição de Bíblias históricas, teria espaço para culto, eventos, palestras e lojas de editoras religiosas. A rigor seria mais um centro de convivência de evangélicos construído com recursos públicos.

Comentários

Indivíduo disse…
Os religiosos podem argumentar que, assim como planeta Terra pertence a Deus, todo o dinheiro que está dentro do planeta Terra, também pertence a Deus, com isto, o dinheiro deixa de ser público e passa a ser particular de Deus.

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