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Filme mentiroso de Damares sobre indígena continua no Youtube

Documentário é fake; cenas foram encenadas

O MPF (Ministério Público Federal) do Distrito Federal determinou em 2017 que a ong Atini retirasse do seu site o filme “Hakani – Voz pela Vida”, por conter mentiras e distorção de informações sobre infanticídio indígena, mas a produção continua disponível no Youtube, em outros endereços (abaixo um compacto e a íntegra).

Atini foi fundada pela advogada e pastora Damares Alves, que em 2019 se tornou titular do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, pasta que assumiu a Funai.

“Hakani" é um documentário fake que apresenta cenas chocantes de índios sepultando uma criança viva por ela ser portadora de deficiência física ou mental.

No começo, o filme diz que reproduz “uma história verídica”, mas tudo foi encenação.

Os roteiristas do filme criaram uma historinha para que os indígenas encenassem: em um primeiro momento, uma movimentação de câmera sugere que uma maloca caiu por fortes ventos, e um índio grita: “Vamos embora daqui, espíritos malignos!”. Em seguida, cenas mostram índios abrindo uma cova rasa, colocando ali uma criança que seria a causa da vinda dos espíritos malignos.

Sem saber que aquilo é mentira, é impossível não se comover.

Atini e Jocum entraram na aldeia sem obter um ok da Funai e fizeram uso de imagens de crianças sem autorização judicial.

Até que o MPF-RO (Ministério Público Federal de Rondônia) movesse uma ação civil pública contra a Atini e a coprodutora Jocum (Jovens com Uma Missão) em 2015, duas organizações evangélicas, o filme foi utilizado para arrecadar dinheiro de quem estivesse interessado em impedir “o infanticídio” em tribos da Amazônia.

Se houve uma correspondência de revolta de pessoas diante das imagens com a arrecadação de fundos, Atini e Jacum certamente obtiveram uma quantia razoável, acima do que se esperava, até porque o falso documentário foi apresentado em vários países, com fortes repercussões.

O MPF-RO, na ação, acusa o filme de 35,5 minutos de usar índios que historicamente são contra qualquer tipo de morte de suas crianças, havendo, portanto, uma difamação.

O menino “enterrado” vivo se tornou um adolescente deprimido, de acordo com um laudo obtido pelo MPF, porque, na cultura indígena, "simular o enterro de uma pessoa viva é o mesmo que matá-la, significa que a alma daquela pessoa morreu".

O Ministério Público quer que as duas entidades paguem aos indígenas uma indenização por danos morais coletivos.

Não há previsão para o julgamento do mérito da ação cível pública, embora ela tenha sido apresentada há três anos.

Oficialmente, Damares se afastou da Atini em 2015, mas a distorção dos fatos e construção de mentiras, que compuseram o filme, têm sido a marca da gestão da ministra.

> Com informações do Ministério Público de Rondônia, da BBC Brasil e de outras fontes.

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