O padre francês Bernard Preynat, acusado de agressão sexual contra menores de idade na França pediu, por meio de ação movida por seu advogado de defesa, o adiamento da estreia do filme Grâce à Dieu (Graça de Deus), de François Ozon, apresentado nesta sexta-feira, 8, durante o 69º Festival de Berlim.
O diretor defende o longa como uma obra de ficção baseada em fatos: a denúncia de 85 ex-escoteiros contra Preynat por agressão sexual e pedofilia.
O diretor já havia recebido, antes da exibição no festival, notificação de uma colaboradora da Diocese de Lyon, Régine Maire, julgada pelo acobertamento de agressões sexuais, pedindo que tirasse o seu nome do filme.
O nome foi mantido e a estreia do filme na França continua prevista para 20 de fevereiro. A defesa de Preynat pede que o filme seja exibido só após seu julgamento, que ainda não tem data marcada.
Ozon assegura que quis fazer um filme cívico, “ao propor questões que permitam um debate de utilidade pública”.
O cineasta usa no longa apenas os primeiros nomes das vítimas. Mas dá os nomes inteiros dos integrantes da Igreja Católica acusados. Além de Preynat e Régine Maire, cita o cardeal Philippe Barbarin, arcebispo de Lyon, que está sendo julgado desde janeiro na cidade também pelo acobertamento dos casos de pedofilia.
Com informação das agências.
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