MP e Justiça impõem duas derrotas às milícias cristãs da moralidade

Quem for contra
o Jesus transexual,
 basta não ir à peça

O MPF (Ministério Público Federal) pediu o arquivamento das investigações que apuravam se a interação de um artista nu com uma menina de 12 anos pode ser tida como crime de pornografia juvenil.

Nos últimos dias, trata-se da segunda derrota das milícias cristãs da moralidade, as quais reivindicam a punição do artista e dos responsáveis pela performance apresentada no MAM (Museu de Arte Moderna), de São Paulo.


A primeira derrota ocorreu com a decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo de derrubar a liminar que proibia em Jundiaí (SP) a apresentação da peça "O Evangelho segundo Jesus, rainha do céu", encenada por uma atriz trans (foto).

O voto do desembargador José Luiz Mônaco da Silva, o relator do caso, foi contundente: “Pode-se até não concordar com o conteúdo da peça, mas isso não é motivo suficiente para alguém bater às portas do Judiciário para impedir a sua exibição — basta não assistir ao espetáculo!”.

No caso da performance, o MP concluiu que o toque da criança no corpo do artista “não configurou qualquer tentativa de interação para fins libidinosos”.

As milícias cristãs continuam à espreita, e a qualquer momento elas podem atacar de novo, ainda mais porque é ano de eleições.

Com informação das agência e foto de arquivo.

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