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BNCC diz que ensino de religião tem de respeitar a diversidade


Supremo aprovou a confessionalidade,
mas o preconceito continua crime

Pode parece óbvio, mas nos dias de hoje, de intolerância crescente, vale destacar que o ensino religioso confessional facultativo não vai poder expressar preconceito contra as demais crenças e o ateísmo. 

O texto da BNCC (Base Nacional Comum Curricular), aprovado pelo Conselho Nacional de Educação, diz que “cabe ao ensino religioso tratar os conhecimentos religiosos a partir de pressupostos éticos e científicos, sem privilégio de nenhuma crença ou convicção.”

Continua: “Isso implicar abordar esses conhecimentos com base em diversas culturas e tradições religiosos, sem desconsiderar a existência de filosofias seculares da vida”.


A BNCC cita a Constituição para afirmar que a função educacional do ensino religioso “é assegurar o respeito à diversidade cultural religiosa, sem proselitismo”.

Ensino religioso sem proselitimo? Isso é possível, considerando que confessionalidade se confunde com proselitismo?

E quando a BNCC fala em “filosofias seculares”, isso significa que as escolas podem dar aulas de ateísmo?

Aparentemente sim, porque a BNCC diz que os sem religião têm “princípios éticos e morais cuja origem decorre de fundamentos racionais, filosóficos, científicos, entre outros”.

Acrescenta: “Esses princípios, geralmente, coincidem com o conjunto de valores seculares de mundo e de bem, tais como o respeito à vida e à dignidade humana, o tratamento igualitário das pessoas, a liberdade de consciência e convicções, e outros direitos individuais e coletivos”.


Embora o STF tenha aprovado o ensino confessional, de uma única religião, a BNCC impõe à disciplina uma visão pluralista.

Isso, na prática, significa que um professor de religião neopentecostal não poderá desmerecer o Candomblé ou a Umbanda.

Ele não poderá, por exemplo, sequer sugerir que as religiões de afrodescendentes são de Satanás, porque, afinal, como deixa claro a BNCC, o ensino religioso confessional foi aprovado, mas a intolerância religiosa e o preconceito permanecem como infrações à lei.

Alguém consegue imaginar um neopentecostal, que geralmente mais fala de Satanás do que de Deus, que não pregue demonizações?

Difícil. 

O texto da BNCC pratica o que diz, porque não tende para nenhuma religião, é neutro.

Para definir religiões, cita deuses e mito.

Com informação da íntegra da BNCC.





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