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Pela primeira vez fui a um casamento sem Deus

Católica, minha filha concordou em dispensar a cerimônia religiosa; houve leitura de um poema de Drummond, a única 'divindade' citada


PAULO LOPES | memórias
jornalista

Participei do primeiro casamento humanista de minha vida no dia 17 de junho de 2017, sábado à noite.

Fiquei emocionado porque, para mim, foi uma ocasião especial. Fui o pai da noiva, a minha filha número dois, a ML2 — tenho quatro filhas.

ML é católica e tinha alguma reserva em relação à minha descrença, até o dia em que ela, suponho, começou a namorar um moço ateu, o GM.

De certa forma, GM me conheceu antes de ML. Ele lê este site há anos.

'Para viver
um grande
amor'

Desde o início os dois se entendem bem. Suponho que GM se casaria na igreja, se esse fosse o desejo de minha filha.

O casamento então foi firmado diante somente de uma juíza de paz e uma escrivã.

Após a juíza ter declarado que “perante a lei eu os declaro marido e mulher", minha filha B., a número três, leu a poesia “Para viver um grande amor”, de Carlos Drummond de Andrade.

A cerimônia terminou com convidados enlaçando as mãos dos noivos com fitas coloridas, representando, cada cor, um desejo, dito em voz alta, como “amor", "prosperidade”, “racionalidade", "paciência", "tolerância", etc. Não houve citação de nenhuma divindade.

Espero que ML e GM sejam felizes, e isso só vai depender deles, de mais ninguém, nem de alguém real ou imaginário.

> Com foto de arquivo pessoal.

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