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Juiz afronta Estado laico ao citar Bíblia no caso Sérgio Cabral

Juiz toma decisão com base na Bíblia
O juiz federal Marcelo Costa Bretas, da 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro, fez bem em determinar a prisão preventiva de Sérgio Cabral, porque há uma farta documentação que envolve o ex-governador a um esquema de corrupção. A prisão até que demorou.

Mas Bretas errou feio ao citar a Bíblia na argumentação de sua decisão.

Pontuou o juiz: “São atuais, portanto, os preceitos bíblicos consagrados no Livro de Eclesiastes (capítulo 8, versículo 11), que pontua: “Por que será que as pessoas cometem crimes com tanta facilidade? É porque os criminosos não são castigados logo.”

Ora, Bretas deveria demonstrar um mínimo de respeito pelo Estado laico brasileiro e se restringir, em sua sentença, ao arcabouço jurídico brasileiro.

Citar trechos de livros religiosos em decisões jurídicas é teocracia, dessa de países islâmicos onde, em tribunais, o Corão vale tanto ou mais do que as leis dos homens.

Até parece que o magistrado, um religioso devoto, com certeza, viu Sérgio Cabral mais como um herege, e não como um suspeito de alta corrupção.

Misturar religião com justiça é tão perigoso como juntar religião com política, como Alá demonstra muito bem.

Envio de correção.

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