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Bispos não precisam denunciar pedofilia à polícia, diz Vaticano

Documento divulgado pelo Vaticano isenta os bispos da responsabilidade de reportar à polícia acusações de abuso de crianças por clérigos. Acrescenta que a única obrigação dos bispos é comunicar os casos de abuso internamente, aos superiores dentro da Igreja.

Orientação foi passada
por escrito para os
novos bispos
"Não é necessariamente o dever dos bispos denunciar os suspeitos às autoridades, à polícia ou à promotoria local no momento em que ficam cientes dos crimes ou atos pecaminosos", informa o documento de treinamento, destinado principalmente aos novos bispos.

As orientações foram escritas por um monsenhor e psicoterapeuta francês, Tony Anatrella, que também serve como consultor do Conselho Pontifício para a Família.

O Vaticano divulgou publicamente o documento - que faz parte de um programa de formação para bispos recém-nomeados - em uma coletiva de imprensa no início deste mês.

Embora reconheça que "a igreja tem sido particularmente afetada por crimes sexuais contra crianças", o guia de treinamento enfatiza estatísticas que mostram que a maioria dos abusos sexuais contra menores é cometida dentro da própria família ou por amigos e vizinhos, não por outras figuras de autoridade.

O curso de treinamento para novos bispos começou em 2001 e foi frequentado por cerca de 30% dos bispos católicos no mundo. O novo guia de orientações escrito por Anatrella começou a ser usado em setembro de 2015, no curso de formação anual organizado pela Congregação para os Bispos.

Desde o início de seu papado, o papa Francisco pediu que a Igreja Católica enfrentasse os abusos de menores ou adultos vulneráveis com "tolerância zero", enfatizando que "tudo deve ser feito para livrar a igreja da praga do abuso sexual". 

Mas, ao que parece, na prática não é bem assim.

Com informação das agências.





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