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Piauí quer resolver problemas de presídios com leitura bíblica


Secretário Oliveira
se comporta como
um sacerdote
O Estado brasileiro é laico — como está na Constituição, mas é sempre bom lembrar —, o que significa que instância alguma de governo pode ser envolver direta ou indiretamente com crenças religiosas, muito menos subsidiá-las.

O governo do Piauí, contudo, pouco se importa com isso porque tem promovido leitura da Bíblia em suas penitenciárias.

O secretário de Justiça, Daniel Oliveira (foto), que é o responsável pelos presídios, certamente acredita mais em milagre do que em sua capacidade de administração.

Os sacerdotes já têm acesso aos detentos para lhes dar assistência e conforto espiritual. Cabe a Oliveira, portanto, cuidar dos deveres do Estado, que é providenciar presídios com um mínimo de dignidade. Celas sem superlotação, assistência médica, apoio jurídico, etc.

Em vez disso, o secretário Oliveira se comporta como estivesse cumprindo uma missão divina.

Recentemente, ele disse que seu objetivo é que a evangelização “seja um dos pilares” do seu trabalho “de humanização das penitenciárias”.

O secretário precisa deixar as orações para pastores e padres e passar a fazer o que cidadãos — e não fiéis — esperam dele. Ele tem de assumir suas responsabilidades, e não delegá-las a Deus.

O Ministério Público do Piauí deveria interferir no caso, para resgatar Oliveira dos anos 1800, antes, portanto, do advento do Estado laico no Brasil. A Constituição agradece.



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