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Padre Fábio faz defesa da separação entre Estado e Igreja

Melo afirmou que
casais gays devem ter
amparo legal do Estado
No Twitter, o padre cantor Fábio de Melo (foto) tem feito a defesa da separação entre o Estado e a Igreja. No dia 12 de abril, por exemplo, escreveu: “O cristianismo nunca foi vivo e convincente como nos primeiros séculos, período em que vivia apartado do Estado”.

Melo pode estar martelando em ferro já moldado porque, afinal, a Constituição deixa claro que o Estado brasileiro é laico.

Mas, na prática, não é bem assim, porque, como é público e notório, a laicidade é vilipendiada todos os dias por políticos (principalmente evangélicos) que, em determinados temas, tentam influenciar o governo a se pautar por princípios religiosos, cristãos, como se aqui fosse uma teocracia. Daí a importância neste momento das afirmações de Melo a favor de a religião não se misturar com o poder político.

Subjacente à reafirmação do Estado laico estão questões como o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

Melo obviamente não defende a consagração do casamento pela Igreja Católica, mas, no Twitter, deixou claro que, quanto isso, cabe ao Estado decidir, e não à Igreja.

Considerando a vocação para a teocracia demonstrada por muitos religiosos, a afirmação de Melo já é um avanço.

No caso de Melo, vale também o que ele não disse, destoando de alguns de seus colegas de igreja.

Por exemplo: pelo menos até agora, ele não recorreu à Bíblia para falar que uma família é obrigatoriamente constituída por um homem e uma mulher.

Já outro padre cantor, o Marcelo Rossi, do movimento carismático, disse em 2012 que o casamento gay “não é Deus”.

No Twitter, Melo escreveu que o Estado deve garantir os direitos civis de duas pessoas que vivem juntas, independentemente do sexo. “O Estado precisa dar o suporte legal.”

Ao jornal “O Globo”, Melo disse estar sofrendo fortes críticas por se manifestar favoravelmente à união civil de homossexuais.

Mas assim ele prometeu continuar tratando da questão, porque é importante que “a religião abra espaço para a dúvida”, mesmo que pareça herético no primeiro momento.

Melo acrescentou que as pessoas precisam saber o que ele acha da homossexualidade, “sobretudo num momento em que o discurso religioso passa por tanto descrédito”.

“[Além do mais], as pessoas têm de saber que o sagrado não se opõe ao profano, nem o contrário.”

Com informação do Twitter do padre Melo.





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'Quando saí [do  convento], era como eu  tivesse renascido' Elizabeth Murad (foto), de Fort Pierce (EUA), lembra bem do dia em que saiu do convento há 41 anos. Sua sensação foi de alívio. Ela tocou as folhas de cada árvore pela qual passou. Ouviu os pássaros enquanto seus olhos azuis percorriam o céu, as flores e grama. Naquele dia, tudo lhe parecia mais belo. “Quando saí, era como se eu estivesse renascido”, contou. "Eu estava usando de novo os meus sentidos, querendo tocar em tudo e sentir o cheiro de tudo. Senti o vento soprando em meu cabelo pela primeira vez depois de um longo tempo." Ela ficou 13 anos em um convento franciscano de Nova Jersey. Hoje, aos 73 anos, Elizabeth é militante ateísta. É filiada a uma fundação que denuncia as violações da separação entre o Estado e Igreja. Ela tem lutado contra a intenção de organizações religiosas de serem beneficiadas com dinheiro público. Também participa do grupo Treasure Coast , de humanistas seculares.

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