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9 motivos de a vida no paraíso ser pior do que no inferno


Paraíso é tão 
chato que equivale
 a uma maldição
Os cristãos se esforçam para agradar a Deus de modo que, quando morrerem, sejam levados para o bem-bom do paraíso. Mas eles não se dão conta de que viver eternamente o céu é mais torturante como estar no inferno.

Com base na Bíblia, a psicóloga e escritora americana Valerie Tarico enumerou 9 motivos pelos quais a vida no paraíso é infernal.

1 – A perfeição é uma chatura

No céu tudo é prefeito e está pronto, acabado. Em Mateus, Jesus diz: “Sede perfeito como o vosso Pai do Céu é”, e no paraíso esse ideal é finalmente alcançado.

Viver em um mundo perfeito tem vários problemas, por assim dizer. Um deles é que ninguém precisa aprender nada porque não há nada a mais o que se aprender. E isso dá um tremendo tédio.

Os humanos se alegram com a descoberta e com a mudança. A curiosidade é um dos seus maiores prazeres, e a expansão do conhecimento lhe dá grande satisfação. Todos os seus sentidos contêm a expectativa de mudança. Visão, audição, paladar, tato e olfato. Ter de ver a mesma paisagem perfeita por toda eternidade ou escutar para sempre os anjos cantando o mesmo tipo de música é angustiante.

Outra coisa: a imperfeição não é obrigatoriamente algo ruim. A arte usa-a para criar beleza e apurar nosso senso estético.

Mas nada disso existe no paraíso.

2 – Qualidades das pessoas se tornam irrelevantes

Como tudo é perfeito, as melhores virtudes de quem está no paraíso se tornam irrelevantes. Compaixão e generosidade são inúteis, porque lá ninguém precisa disso. Perdão? Também não. Criatividade? Coragem? Determinação? Tudo inútil. No céu, não há diferença significativa entre uma pessoa e uma ameba.

No céu, não há necessidade de criar ou produzir algo, e a solidariedade não servem para nada, porque as pessoas são perfeitas e não dependem de ninguém.

Freud disse que a saúde mental depende da capacidade de amar e de trabalhar, mas em um mundo perfeito isso perde o significado. Então é isto: o céu não faz nenhum sentido.

3 – Não há a emoção de risco

Além da necessidade de amar e de criar, os humanos gostam de passar experiências que exigem risco porque isso lhe dá emoção. Saltar de um avião, por exemplo. Ou surfar. Ou disputar jogos esportivos. O que dá emoção, que libera adrenalina e dá euforia, é a possibilidade do fracasso. Mas no céu não existe fracasso.

4 – Fim dos prazeres carnais

Quando Jesus ressuscitou, o seu novo corpo, perfeito, tinha pênis ou ânus? E os anjos? Lá no céu eles bebem, comem, fazem sexo? Eles têm os prazeres físicos que dependem de uma forma ou de outra da fome?

Sobre os anjos, é difícil saber, mas em relação aos homens é que o seu corpo e seu cérebro são feitos um para outro. E os seus prazeres estão ligados a sua sobrevivência. A alimentação, que dá prazer sensorial, é fundamental para a continuidade da vida.

Cristãos discordam entre si sobre se haverá refeições no paraíso. Apocalipse faz referência a festa no céu, e, se é assim, deve haver bebida e comida. Vinho com certeza tem, porque o próprio Jesus falou que voltaria a bebê-lo no reino do seu pai.

Mas ninguém se atreve a especular se nas refeições no céu se serve assados, bifes e bolinhos de carne. Se sim, como funciona o matadouro de animais? Não dá para se alimentar das almas desses animais porque, para os cristãos, bichos não possuem alma.

Outra coisa a saber é se no paraíso as pessoas peidam.

5 – Livre-arbítrio deixa de existir

Alguns cristãos afirmam que mal e o sofrimento existem para que as pessoas exerçam o seu livre arbítrio, dando-lhes a oportunidade para rejeitar a Deus. Mas no paraíso não existe livre arbítrio, porque lá inexistem a maldade e qualquer forma de sofrimento, física ou psicológica. E não há como conceber a existência do homem em sua plenitude, mesmo no céu dos cristãos, sem que ele possa fazer o que quiser.

6 – Vivendo entre crianças e embriões

Com quem os cristãos convivem no céu? Com embriões, principalmente.

O pesquisador Greg S. Paulo sugere que, incluindo os nascituros, mais de 98% dos 350 bilhões de habitantes do paraíso são aqueles que morreram antes de aceitar voluntariamente “o presente da salvação”.

Ele escreveu que a grande maioria dessa multidão celestial seria de autômatos morais, o que significa que nunca tiveram autonomia para decidir estarem lá. Ironicamente, os crentes representariam no céu a minoria de 1% a 2%.

7 - Ostentação brega e desnecessária

Apocalipse afirma que o paraíso é cheio do brilho de pedras preciosas e de ouro. Para que essa ostentação de riqueza onde as coisas materiais nada valem? Viver para sempre em um cenário tão brega é preciso ter paciência infinita.

8 - A rotina no céu

O que os fiéis fazem no céu? A mesma coisa que os anjos fazem. Adoram a Deus e cantam louvores. Apocalipse dá um exemplo de musiquinha: “Tu és digno, Senhor e Deus nosso, de receber a glória, a honra e o poder, porque criaste todas as coisas, e por tua vontade vieram a existir e foram criadas”.

Passar a eternidade entoando esse tipo de louvor é um terrível castigo, não uma premiação.

O que o cristão devoto não se pergunta é: por que o Deus todo poderoso, criador do tudo, do cosmo, gosta de ser bajulado o tempo todo?

9 – Pesadelo da vida eterna

A maioria de nós tem a expectativa de viver o máximo de tempo possível para aproveitar as coisas boas da vida, como curtir filhos e netos, ler bons livros, conhecer novas pessoas, viajar, experimentar novas comidas. Mas viver para sempre é tirar o que a vida tem de bom, que é a sucessão do novo, de novas experiências e sensações.

Na eternidade, ninguém vai poder dizer que assistiu ao melhor show de rock de sua vida porque, lá, a vida não tem fim. Tudo que existe em demais, a vida, no caso, não tem valor.

Enfim, a vida no céu é um tédio sem fim. E o pior é que ninguém poderá pedir a Deus para morrer ou se suicidar. Lá não existe morte. O que significa uma maldição.

Texto de Valerie Tarico reescrito e adaptado para o português por este site.



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