Igreja mistura fé com ordem unida dos militares |
A apresentação dos “Gladiadores do Altar” da Iurd (Igreja Universal do Reino de Deus), em vídeos de cultos durante os quais eles inesperadamente apareceram uniformizados, marchando e dando continência, foi um desastre, da perspectiva do marketing.
Em um vídeo, um pastor que parece ser o chefe do pelotão, pergunta aos jovens quais são seus objetivos. A resposta é: “Altar! Altar! Altar!” O que pode significar qualquer coisa, desde proteger os templos a obter conversões de fiéis, passando por prestação de serviços à comunidade.
O site da igreja diz que os gladiadores são o resultado de um projeto cujo objetivo é a “formação de jovens altamente preparados para enfrentar desafios diários de ganhar almas e fazer discípulos”. Mas essa formação precisa ser militar? E que “desafios diários” são esses? Contra quem os gladiadores vão lutar? Quem são seus inimigos? Capetas?
Faltaram explicações, o que significa que a Igreja acabou plantando dúvidas, algumas de teor conspiratório.
A associação entre qualquer tipo de formação militar e a beligerância é automática. Por causa disso, nas redes sociais, tem gente comparando o exército da Universal até ao Estado Islâmico.
Essa comparação é exagero, mas o fato é que os “Gladiadores do Altar” expressam a ideia de confrontamento, uma característica do fanatismo, religioso ou não.
Há motivo para se preocupar com isso? Para o deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ), sim.
Ele escreveu no Facebook que a sociedade precisa estar atenta para o “monstro” que está saindo da lagoa. E desde já, e não “quando [os gladiadores] começarem a executar os ‘infiéis’ e ateus e empurrar os homossexuais de torres altas como vem fazendo o fundamentalismo islâmico no Oriente Médio?”.
Na avaliação do professor de sociologia Flávio Sofiati, da Universidade Federal de Goiás, o objetivo da Universal, com esse projeto de espetacularização da fé, pode ser o de se destacar na opinião pública, de modo a atrair os mais jovens para seus templos.
Além disso, a “Universal é uma igreja midiática, que sempre realiza diversas atividades para estar em evidência”, conforme ele declarou ao G1.
A Igreja Universal divulgou nota para repudiar “interpretações absurdas” sobre os “Gladiadores" como as de Wyllys.
Disse que os gladiadores são voluntários para desenvolver atividades culturais, sociais e esportivas dentro de programas de resgate e amparo de populações de rua, viciados e jovens carentes.
Acrescentou que eles vão promover campanha do interesse público, como doação de sangue e arrecadação de roupas.
Se os objetivos são esses, nobres, a Universal deveria esclarecê-los antes mesmo da apresentação dos jovens gladiadores. O que não seria difícil a uma igreja que dispõe de uma rede nacional de televisão.
Com informação da Igreja Universal e outras fontes e foto de divulgação.
O site da igreja diz que os gladiadores são o resultado de um projeto cujo objetivo é a “formação de jovens altamente preparados para enfrentar desafios diários de ganhar almas e fazer discípulos”. Mas essa formação precisa ser militar? E que “desafios diários” são esses? Contra quem os gladiadores vão lutar? Quem são seus inimigos? Capetas?
Faltaram explicações, o que significa que a Igreja acabou plantando dúvidas, algumas de teor conspiratório.
A associação entre qualquer tipo de formação militar e a beligerância é automática. Por causa disso, nas redes sociais, tem gente comparando o exército da Universal até ao Estado Islâmico.
Essa comparação é exagero, mas o fato é que os “Gladiadores do Altar” expressam a ideia de confrontamento, uma característica do fanatismo, religioso ou não.
Há motivo para se preocupar com isso? Para o deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ), sim.
Ele escreveu no Facebook que a sociedade precisa estar atenta para o “monstro” que está saindo da lagoa. E desde já, e não “quando [os gladiadores] começarem a executar os ‘infiéis’ e ateus e empurrar os homossexuais de torres altas como vem fazendo o fundamentalismo islâmico no Oriente Médio?”.
Na avaliação do professor de sociologia Flávio Sofiati, da Universidade Federal de Goiás, o objetivo da Universal, com esse projeto de espetacularização da fé, pode ser o de se destacar na opinião pública, de modo a atrair os mais jovens para seus templos.
Além disso, a “Universal é uma igreja midiática, que sempre realiza diversas atividades para estar em evidência”, conforme ele declarou ao G1.
A Igreja Universal divulgou nota para repudiar “interpretações absurdas” sobre os “Gladiadores" como as de Wyllys.
Disse que os gladiadores são voluntários para desenvolver atividades culturais, sociais e esportivas dentro de programas de resgate e amparo de populações de rua, viciados e jovens carentes.
Acrescentou que eles vão promover campanha do interesse público, como doação de sangue e arrecadação de roupas.
Se os objetivos são esses, nobres, a Universal deveria esclarecê-los antes mesmo da apresentação dos jovens gladiadores. O que não seria difícil a uma igreja que dispõe de uma rede nacional de televisão.
Com informação da Igreja Universal e outras fontes e foto de divulgação.
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