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Cardeal Bergoglio já teve seus dias de 'muçulmano radical'

Artista Ferrari foi tido como
blasfemo pelo cardeal por
 causa de obras com esta
Embora não haja nenhuma referência no Alcorão, os muçulmanos consideram blasfemos todos aqueles que representarem Maomé, de uma forma ou de outra em qualquer mídia. Os mais radicais perseguem artistas e cartunistas. E os assumem o terrorismo matam os infiéis com bombas. Ou com fuzis AK-47, como se viu na redação do jornal satírico francês Charlie Hebdo.

Em 2004, Jorge Mario Bergoglio, arcebispo de Buenos Aires e o futuro papa Francisco, teve seu momento de “muçulmano radical”, por assim dizer. Ele não suportava a existência das obras do artista plástico León Ferrari (na foto abaixo) que retratavam com irreverência Jesus e santos católicos.

Para Bergoglio, o artista passou dos limites quando apresentou com o nome de “A civilização ocidental e Cristã” um Jesus Cristo sob um avião carregado de bombas, obra de 1965 inspirada na guerra do Vietnã.

Havia também na exposição outras obras anticlericais, como o inferno habitado por santos e apóstolos e a reprodução do Juízo Final da Capela Sistina com cocô de pombas.

Na época, o arcebispo decretou um “jihad” contra uma exposição do artista. Em uma carta, ele convocou os católicos a fazerem manifestações diárias no local da exposição.

León Ferrari: Bergoglio
incitou ódio contra mim
Alimentados de ódio por Bergoglio, católicos ameaçaram por quatro vezes jogar bomba no centro cultural em que estavam as obras.

No dia 3 de dezembro daquele ano, um grupo de seguidores de Bergoglio, gritando “Viva o Cristo Rei, caralho”, invadiu o local e destruíram várias quadros, além de ameaçar o público com garrafas quebradas.

Ferrari então passou a mostrar o resultado da destruição e mudou o nome da exposição para “Obrigado, Cardeal Bergoglio”.

Três católicos foram condenados pelo vandalismo.

A exposição foi fechada e reaberta algumas vezes, algumas delas por ordem judicial.

Os católicos raivosos alegavam que ela não poderia se realizada em um prédio de propriedade do governo. Bergoglio exigia das autoridades um pedido de desculpas por esse uso indevido.

A exposição terminou antes do previsto por decisão do próprio Ferrari, que temia pela integridade dos visitantes.

"O Inferno"
Na época, o artista criticou Bergoglio por achar que as pessoas que “não pensam como dele devem ser castigadas, condenadas”. “E eu [Ferrari] penso que ninguém, nem sequer ele, deve ser castigado.”

Em 2007, Ferrari — já tido como um dos mais importantes artistas contemporâneo — ganhou o Leão de Ouro na Bienal de Veneza.

Ele comentou então que Bergoglio tinha cometido um ato vergonhoso porque o arcebispo sabia que, ao chamá-lo de blasfemo, era um incentivo para que fosse apedrejado, de acordo com ensinamento da Bíblia. “Eu naturalmente continuo contra a Igreja.”

Em 2013, quando soube que Bergoglio seria o próximo papa, Ferrari disse: “É um horror, é um horror. Vai ser um papa muito autoritário, com certeza”.

O artista morreu no mesmo ano, no dia 25 de julho, aos 92 anos.

Recentemente, no dia 15 de janeiro de 2015, começou a cair a máscara do papa Francisco, mostrando que, afinal, ele continua coerente com o seu passado de “muçulmano radical”.

Com os corpos ainda insepultos dos chargistas do Charlie que foram assassinados por terroristas islâmicos, Francisco, o até então queridinho da imprensa mundial, disse que a liberdade de expressão tem limite porque não se pode zombar da religião.

Bem que Ferrari avisou.

Papa em cima de um monte de mortos do Holocausto

Cristo em duas versões: no ralador de queijo e no tanque de guerra

Ditadura e religião na obra de Ferrari

Com informação das agências e deste site e fotos de www.leonferrari.com.ar.





Francisco repete Bento 16 ao alertar contra ‘ateísmo prático’


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