Pular para o conteúdo principal

Polícia do Paraguai prende o médico estuprador

Momento em que Abdelmassih foi preso em Assunção
A Polícia do Paraguai prendeu hoje (19) à tarde em Assunção, capital daquele país, Roger Abdelmassih (foto), 70, especialista em reprodução humana in vitro que foi condenado pela Justiça brasileira a 278 anos de prisão por ter cometido pelo menos 56 estupros em pacientes, em sua clínica em São Paulo.

Com ajuda da Polícia Federal brasileira, o ex-médico (ele teve o registro profissional cassado) foi pego sem oferecer resistência quando saía de uma loja. Ele, sua mulher (a ex-procuradora Larissa Maria Sacco), e seus dois filhos gêmeos estavam morando em Assunção em uma casa de luxo. Antes, ele estaria em uma país europeu.

O ex-médico se encontrava foragido desde 2011, quando tinha obtido do ministro Gilmar Mendes um habeas corpus do STJ (Superior Tribunal de Justiça) para poder recorrer da sentença em liberdade. Antes, o Ministério Público vinha alertando a Justiça sobre a possibilidade de fuga.

A localização de Abdelmassih se deu por intermédio de investigações policiais que contou com a ajuda do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado, do Ministério Público de São Paulo, que obteve informações em uma escuta telefônica.

As mulheres eram atacadas pelo médico quando estavam sozinhas em salas de consultas ou de recuperação. Algumas foram estupradas quando estavam dopadas com medicamentos para a intervenção cirúrgicas.

A empresária Ivanilde Vieira Serebrenic, 48, que foi a primeira mulher a denunciar publicamente o médico, disse que, quando soube da notícia da prisão, ficou tão emocionada que, ao mesmo tempo, teve vontade de rir e de chorar.

Afirmou que, desta vez, espera que Abdelmassih permaneça trancafiado, sem concessão de habeas corpus.

O ex-médico foi deportado
 para o Brasil
Contou que o médico atendia as pacientes com um terço nas mãos e se apresentava como emissário divino. "Dizia que tudo o que fazia era em nome de Deus."

As mulheres eram atacadas pelo médico quando estavam sozinhas em salas de consultas ou de recuperação. Algumas foram estupradas quando estavam dopadas com medicamentos para a intervenção cirúrgicas.

O estuprador foi deportado para o Brasil por Foz do Iguaçu, cidade na fronteira com o Paraguai. Amanhã, quinta-feira, a PF o colocará em um avião com destino a São Paulo.

O advogado José Luís de Oliveira Lima, defensor de Abdelmassih, disse que só vai se manifestar quando for comunicado formalmente da prisão pela Polícia Federal.
.




Ivanilde afirma que acordou sofrendo abuso de Abdelmassih
janeiro de 2009

Caso Roger Abdelmassih


Comentários

Post mais lidos nos últimos 7 dias

90 trechos da Bíblia que são exemplos de ódio e atrocidade

'Meu filho gay não representa nenhuma ameaça à humanidade'

por Paulo R. Cequinel  em resposta a um leitor no post Milhares de europeus católicos e protestantes pedem desbatismo Para que as coisas todas fiquem sempre muito claras, prezado Jefferson, devo dizer que meu filho mais novo é gay e que decidiu viver sua sexualidade abertamente. Como pai tenho o dever incontornável de, enquanto eu estiver por aqui, defender os valores, a honra, a imagem e a vida do meu menino. Eu, imoral? Meu filho, imoral e anticristão? A cada 36 horas uma pessoa LGBTT é assassinada neste país, e uma das razões, a meu juízo, é a evidente legitimação social que a LGBTT-fobia de origem religiosa empresta aos atos de intolerância e de violência contra essas pessoas que são, apenas, diferentes. Meu filho não ameaça nenhuma família ou a humanidade, como proclamou o nazistão do B16 recentemente. Aos 18, estuda muito, já trabalha, é honesto, é amoroso, é respeitado por seus companheiros de escola (preside o grêmio estudantil) e é gay, e não se esconde, e não

Alunos evangélicos de escola de Manaus recusam trabalho de cultura africana

Seleção de vôlei sequestrou palco olímpico para expor crença cristã

Título original: Oração da vitória por Daniel Sottomaior (foto) para Folha de S.Paulo Um hipotético sujeito poderoso o suficiente para fraudar uma competição olímpica merece ser enaltecido publicamente? A se julgar pela ostensiva prece de agradecimento da seleção brasileira de vôlei pela medalha de ouro nas Olimpíadas, a resposta é um entusiástico sim! Sagrado é o direito de se crer em qualquer mitologia e dá-la como verdadeira. Professar uma religião em público também não é crime nenhum, embora costume ser desagradável para quem está em volta. Os problemas começam quando a prática religiosa se torna coercitiva, como é a tradição das religiões abraâmicas. Os membros da seleção de vôlei poderiam ter realizado seus rituais em local mais apropriado. É de se imaginar que uma entidade infinita e onibenevolente não se importaria em esperar 15 minutos até que o time saísse da quadra. Mas uma crescente parcela dos cristãos brasileiros não se contenta com a prática privada: para

Padre afirmava que primeiros fósseis do Brasil eram de monstros bíblicos, diz livro de 1817

Pastor homofóbico vai presidir Comissão de Direitos Humanos

Feliciano ficou famoso por seus twitters preconceituosos O pastor e deputado Marco Feliciano (PSC-SP) vai ser o próximo presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados. Feliciano é conhecido por suas afirmações homofóbicas e preconceituosas. Em 2011, no Twitter, ele escreveu que os resultados de um relacionamento amoroso entre duas pessoas do mesmo sexo são ódio, crime e rejeição. A comissão tem sido presidida por um deputado do PT, mas agora o partido cedeu o cargo para o PSC (Partido Social Cristão), que é da base de apoio do governo. O PSC ainda não anunciou oficialmente a indicação de Feliciano, mas o pastor-deputado confirmou ao Estadão que a escolha do seu nome já foi decidida. A igreja de Feliciano é a Ministério de Avivamento, de Orlândia (SP). Ele dedica a maior parte do seu tempo, como pastor e deputado, a combater o movimento gay pela igualdade de direitos. Em 2012, por exemplo, ao participar do Congresso dos Gideões Missionários de

Veja 14 proibições das Testemunhas de Jeová a seus seguidores

O Sudário de Turim ainda intriga muita gente. Uma discussão longa sobre uma falsidade

Justiça derruba lei anti-blasfêmia de Jundiaí. Mais uma derrota para 'sharia' cristã brasileira

Comissão vai apontar religiosos que ajudaram a ditadura

Pinheiro disse ser importante revelar quem colaborou com os militares A Comissão Nacional da Verdade criou um grupo para investigar padres, pastores e demais sacerdotes que colaboraram com a ditadura militar (1964-1985), bem como os que foram perseguidos. “Os que resistiram [à ditadura] são mais conhecidos do que os que colaboraram”, afirmou Paulo Sérgio Pinheiro (foto), que é o coordenador desse grupo. “É muito importante refazer essa história." Ele falou que, de início, o apoio da Igreja Católica ao golpe de Estado “ficou mais visível”, mas ela rapidamente se colocou em uma “situação de crítica e resistência.” O bispo Carlos de Castro, presidente do Conselho de Pastores do Estado de São Paulo, admitiu que houve pastores que trabalharam como agentes do Dops, a polícia de repressão política da ditadura. Mas disse que nenhuma igreja apoiou oficialmente os militares. No ano passado, a imprensa divulgou o caso do pastor batista e capelão Roberto Pontuschka. De dia ele co