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Exposição de crucifixo é uma tradição que tem de acabar

Título original:

Crucifixos devem sair das repartições públicas


por Daniel Sottomaior para Sul21

Tem sido argumento recorrente dos defensores de crucifixos em repartições públicas a alegação de que eles constituem tradição centenária ligada ao cristianismo que sempre permeou a cultura brasileira. Afinal de contas, se é tradição, é bom e verdadeiro.

Manter a tradição é um princípio que atua sempre em favor do bem comum e que, por isso, deve ser observado incondicionalmente pelos legisladores e pelos operadores do direito.

A escravidão, por exemplo, é uma tradição que remonta não só aos primeiros dias da colonização no Brasil, mas vai muito além, e está bem fundamentada nos textos sagrados das três religiões abraâmicas. Deus, em sua infinita sabedora, dá instruções muito específicas sobre como tomar, tratar e vender escravos.

Jesus fez parábolas com escravos, jamais se incomodando com seu status, e Paulo disse com todas as letras que eles deveriam obedecer aos seus senhores.

Essa é a tradição em que foi fundada nossa civilização, desde muito antes do Império Romano. Ora, este país foi construído sobre o trabalho escravo. E mais: a escravidão é plenamente legitimada por diversas bulas papais. Sua Santidade, Paulo VI, dirigiu ao rei de Portugal a bula Dum Diversas, em que afirmou:

“Nós lhe concedemos, por estes presentes documentos, com nossa Autoridade Apostólica, plena e livre permissão de invadir, buscar, capturar e subjugar os sarracenos e pagãos e quaisquer outros incrédulos e inimigos de Cristo, onde quer que estejam, como também seus reinos, ducados, condados, principados e outras propriedades… e reduzir suas pessoas à perpétua escravidão”

Esta é nossa tradição. Por que deveríamos negá-la, se está sustentada pela Bíblia e reafirmada pelas palavras de mais de um Santo Padre?

Depois da abolição da escravatura, as coisas só pioraram. Ao menos naquela época, a Constituição ainda instituía que o governo deve ser monárquico e que a religião oficial era a Católica Apostólica Romana. O Brasil andou muito bem nos quatro séculos de um Estado legitimado pelo direito divino, uma tradição antiqüíssima que só bem trouxe às gentes, mas ela foi subitamente encerrada com a instituição da República, cujo poder se imaginava emanar do povo, e não de Deus.

Como consequência, a República instituiu o voto universal e – imaginem só – a liberdade religiosa plena. Como pudemos virar as costas para a nossa tradição dessa maneira? Nunca o país teve liberdade religiosa, e nossa origem portuguesa também lhe é contrária. Só uma constituição que não foi proclamada com a proteção divina em seu preâmbulo poderia conter tamanho absurdo.

Depois da abolição da escravatura, da instituição da República e da democracia, da liberdade de divórcio civil, do uso legal de contraceptivos, da igualdade da mulher e tantas outras heresias instaladas em nome de direitos fundamentais, agora vêm de novo esses mesmos iconoclastas nos impor o fim de mais uma tradição fulcral à cultura brasileira.

Retirar os crucifixos das repartições públicas é uma clara perseguição aos cristãos em seu inalienável direito histórico de converter todos os demais à única e verdadeira religião. Ou será que também irão nos dizer que uma mera Constituição, que nem trinta anos tem, deve prevalecer sobre tradições milenares?

Nesse ritmo de negação do passado e de nossas mais profundas raízes, é de se temer que algum dia poderemos chegar à igualdade plena entre os cidadãos de todas as fés, e até mesmo os descrentes. Que Deus nos livre disso.

Daniel Sottomaior é presidente da Atea (Associação Brasileira da Ateus e Agnósticos).






Crucifixo em espaço público é direito da maioria, diz padre
março de 2012

Livrar tribunais do crucifixo é ato de liberdade, afirma Verissimo
março de 2012

Secularismo.

Comentários

Unknown disse…
Texto maravilhoso do Sottomaior! Que a evolução do conhecimento nos livres das tradições que impedem os seres humanos de viver em igualdade! :)
Anônimo disse…
“Nós lhe concedemos, por estes
presentes documentos, com nossa
Autoridade Apostólica, plena e livre
permissão de invadir, buscar,
capturar e subjugar os ATEUS e
PAGÃOS e HOMOSSEXUAIS e quaisquer outros
incrédulos e inimigos de Cristo[MULÇUMANOS TAMBÉM ENTRA NESTA],
onde quer que estejam, como
também seus reinos, ducados,
condados, principados e outras
propriedades… e reduzir suas
pessoas à perpétua escravidão”

Veja que este texto caberia hoje perfeitamente para a igreja. Graças ao SECULARISMO fomos salvos do deus otario dos desertos
e seus lácaios seguidores. Não tem nada a ver mais eu não podia passar despercebido isto.
No Name disse…
90% da população religiosa no Brasil, Católicos, evangélicos, espiritas, candomblé, judaísmo, budismo, e não é que foi um grupo de lésbicas ateias que mandaram tiram o crucifixo?
Yuri disse…
Pq não? Se elas estão certas é pra tirar msm.
Anônimo disse…
O fato delas serem lésbicas e ateias desmerece elas em alguma coisa ? Então na tua cabeça católica apostólica romana medieval e melhor então que nos tornemos logo num estado teocratico??
No Name disse…
Só acho estranho vir de grupos que se dizem seres superiores que não ligam para simbolismos e religião

Quem esta desmerecendo a maioria do povo brasileiro são elas.

Estado teocrático ? onde os ateístas estavam escondidos na década passada como medo das religiões?
Anônimo disse…
A Constituição determina que o
Brasil é um Estado laico e assegura
liberdade religiosa para todos os
cidadãos. As autoridades devem dar
garantias ao culto de qualquer
religião, sem, no entanto, agir em
nome de nenhuma.

Em uma
democracia, esses princípios são
importantes porque preservam o
pluralismo da sociedade e protegem
o pleno exercício dos direitos
individuais.
Trata-se de uma conquista da
civilização ocidental que se encontra
ameaçada no Brasil. Hoje, fé e
política parecem manter uma
relação espúria, na qual princípios
religiosos contaminam de forma
indevida o processo legislativo
nacional.

Absurdamente, começa-se
a achar natural que projetos de lei
submetidos à Câmara dos
Deputados, ainda que consonantes
com os princípios da Constituição e
dirigidos ao todo da população —
religiosa ou não —, tenham de
passar pelo crivo doutrinário das
igrejas e fiquem reféns de sua
sanção.
Retira-se, assim, de parcela
considerável do povo brasileiro, a
possibilidade de regular seus
direitos constitucionais fora de
preceitos bíblicos que não abraçou.

"Ao mesmo tempo, as lideranças
religiosas assumem ares de
superioridade moral e alavancam
seus interesses políticos baseados
em uma ideologia teocrática de
exclusão, que desqualifica quem não
partilha de sua fé.
"

Ninguém é melhor ou mais ético
porque tem religião. Cada um tem o
direito de escolher os princípios
morais que nortearão sua vida de
acordo com a sua consciência. Essa
prerrogativa fundamenta os direitos
individuais. Foi conquistada a duras
penas, em reação, justamente, ao
monopólio ideológico e religioso
que, diversas vezes na história,
impôs-se com resultados terríveis
para a humanidade.

Ao longo dos séculos, muitas
atrocidades foram cometidas em
nome da Bíblia e de outros textos
religiosos. Não fosse a garantia da
pluralidade democrática, o mesmo
deputado que vocifera contra cultos
de matriz africana ou direitos
reprodutivos das mulheres, poderia
ter sido queimado na fogueira da
Inquisição católica ou morto por
apedrejamento como infiel.

O Brasil é um país diverso. E quer
continuar a sê-lo. Nele, não deve
haver espaço para a intolerância O
Congresso não legisla apenas para
quem tem religião. Tem de proteger
a todos. Tentar impor uma ideologia
religiosa por meio da ação
legislativa desfigura nossa
democracia. Os religiosos têm o
direito de observar seus princípios,
mas não podem impingilos ao resto
da população.

O Brasil não é regido
pela Bíblia. Que os religiosos
cultuem o que quiserem, mas que
respeitem quem não pensa como
eles (grifo nosso) e não quer viver
como eles.
É importante que as autoridades do
governo tentem colocar em
perspectiva a ação política de grupos
religiosos no Brasil. O Estado
brasileiro é laico e deve comportar-
se como tal. Em mais de uma
instância, minorias sociais têm visto
seus direitos individuais virarem
moeda de troca. Tolerar a
intolerância pode render votos, mas
não é uma forma justa de governar.
ALEXANDRE VIDAL PORTO é
advogado
Fonte: http://
sergyovitro.blogspot.com.br/2012/03/
o-brasil-nao-e-regido-pela-
biblia.html

Tirei esta matéria do bar do ateu apesar de estar com o link foi de lá que eu tirei.
Igor disse…
Eu havia lido esse artigo no Consultor Jurídico, onde, aliás, foi bastante hostilizado por alguns comentaristas sem nenhum embasamento jurídico.

O autor trabalha em cima de uma falácia muito utilizada para defender a manutenção do crucifixo mesmo contra o princípio da laicidade que é apelar à tradição, como se isso fosse fundamento jurídico para se violar a Constituição. Demonstrou que tradições não são para serem valoradas e legitimadas acriticamente pelo Estado, como desejam cristãos favoráveis à manutenção por interesses privados. Apresentou justamente o contraponto de que tradição não é necessariamente algo bom; algo que deve ser preservado!

O Brasil ainda possui muita oposição à aplicação plena da democracia. Muita dessa oposição vem de uma tradição de sempre querer que seu interesse privado se sobressaia ao público, ora alegando direito individual, ora alegando “direito de maioria” – sempre com cinismo! A democracia para esses indivíduos só é desejável quando é para benefício deles...
Anônimo disse…
Olha o comentário do outro, se a maioria é cristã então só por isso deve ter os crucifixos nas repartições públicas mais o estado e laico e o brasil é um país de todos de brancos e negros de mulçumanos, de ateus de judeus de cristãos etc . E o que o estado tem a ver com a crença que os habitantes professam? Não importa se seja cristão seja judeu seja ateu o governo tem que fazer o que eles precisam fazer que é legislar para todos independentes de suas crenças e é exatamente isto que pode garantir e assegurar a paz uma vez que disputas religiosas começarem a acontecer. Eu não quero que o brasil se transforme num iraque.
Israel Chaves disse…
Muito bom mesmo o texto, exemplificou tudo maravilhosamente bem. Tradição não é desculpa para continuar com hábitos que causam danos; se é ruim, exclui-se e pronto, pouco importa se vem sendo feito de tal maneira há muito tempo, e isso vale não só para esse caso específico dos símbolos religisos.
Citando outro exemplo, é a reclamação que eu tenho aqui sobre a Farra do Boi, que é um absurdo, mas as pessoas inisstem que não tem nada de errado "porque é tradição". Foda-se que é tradição, isso não a torna menos estúpida ou prejudicial - Como no exemplo da escravidão. Se está errado, tem que mudar. Como foi com a escravidão, com a submissão de mulheres, etc, etc, etc., e como deve ser com a qeustão so símbolos religiosos em repartições públicas.
Mania do povo de achar que porque algo sempre foi de um jeito, tem que continuar sendo desse jeito. Quando vemos que algo está errado, devemos mudar isso para melhorar a sociedade, simples assim. O passado tem sua importância, sim, mas nada é tão importante quanto o futuro.
Mas quando religião entra no meio, aí ferrou... Tudo que elas querem é que tudo permaneça intocável, imutável e medieval.
Anônimo disse…
Também se contra a proliferação de textos biblicos em ambiente publico, eles usam ilegalmente a maquina publica para publicar leituras biblicas em ambiente do serviço publico: textos, folhetos pregados, é muita incoerencia esses crentes serem contra o crucifixo pela lacidade, mas a favor de salmos, etc... Na parede. Esse blog so critica os crucificos! Fala serio!
No Name disse…
Bom já que falaram na constituição, porque n falar na decisão do STF que aprovou o casamento entre pessoas do mesmo sexo?
Artigo 226 - A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.
(…)
§ 3º - Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento.

Houve mudança da constituição ? não não houve .
A quem cabe promover uma constituinte n é o legislativo?
quem passou por cima da constituição, não foi o judiciário?

Porque? porque o ESTADO é o povo, e os legisladores são eleitos pelo povo, e os legisladores temendo perder voto jamais aprovariam uma mudança destas.

Pelo amor de Deus n estou discutindo se é certo ou errado.

E pela constituição todos somos iguais, porque querem aprovar cotas para homossexuais e afros ?

Porque se uma pessoa agredida for hétero tem menos direitos que se fosse homossexual ou crime caracterizado como crime racial, o agressor fica preso.
Israel Chaves disse…
Também sou contra as cotas, nesse ponto concordo com você.
Mas onde diabos existe cota para homossexuais? Sei não, mas acho que você viajou nessa.
Anônimo disse…
Aqui já vemos muitos casos dos evangélicos atropelando as leis um exemplo ,não serem revistados para entrar em presídios colocando essas pessoas sobre qualquer suspeita mesmo sabendo que na constituição todo mundo é igual perante a lei seja judeu seja católico seja ateu etc . Outro exemplo passaportes diplomáticos para pastores , cartilhas bíblicas para escolas municipais ,lei do pai nosso tudo isto fere o estado laico . No caso que cumpra isto quem for religioso e não submeter todo mundo a estas questões que é de cunho pessoal. Outro exemplo o aborto quem deve decidir isto é a mulher e deve existir uma lei regulamentando isto , mais se isto fere os conceitos religiosos que os religiosos que se abstenham a eles , mais quem não é religioso tem o direito de fazer um aborto legalmente, não que eu seja a favor do aborto mais não sou dono de ninguém. Eu fico com vergonha de ver uma nação como o brasil se omitir a estas questões somente por fins eleitoreiros.
O templário sempre viaja, e sempre tem que colocar homossexuais no meio de seus delírios. É quase uma tara.
Lia de Souza disse…
(...)Ora, ora, se fosse assim não teriam mexido nas escravidão, não teriam abolido pq era tradição milenar e com 'benefício' econômico. Ainda bem que mexeram e ainda bem que provocou a maior rebordosa.
Só repetindo parte do que comentei em Feb 26, 2012 05:41 PM...
----------------------------------------------------------
E acho q vale p/ outras coisas também, inclusive feriados religiosos de origem da ICAR. Vejam como os feriados e dias santos da ICAR estão atrelados às leis, sobretudo trabalhistas, de forma tão 'natural' q ninguém percebe. E ñ mexe só em serviços públicos, pois praticamente submete atividades privadas a resguardar feriados q nada têm a ver c/ as preferências do dono do negócio. É assim qdo um ateu, judeu ou árabe e descendente se veem 'obrigados' a fechar o seu negócio aos domingos, pois se quiseram trabalhar vão encontrar barreiras de 'tradição' e legais, já q pra efeitos de CLT todos os dias são úteis, incluindo sábados, vejam lá o artigo, menos o domingo!! Sei de uma dona de escola de inglês q ñ abre aos sábados pq é adventista, mas ñ pode compensar esse dia nos domingos por questões trabalhistas. Embora o texto diga 'preferencialmente’ aos domingos, acaba sendo 'obrigatoriamente', já q em domingos e feriados o pagamento é diferente dos demais dias 'úteis'.De todas as 'tradições', acho q as q se misturaram a leis diversas, sobretudo trabalhistas,são as mais resistentes à mudança. As pessoas querem os feriados, as folgas aos domingos e ñ se dão conta q o calendário e certas coisas organizadas em torno dele são ligadas a religiões, Cristianismo em especial, e dentro dele a força da ICAR q é tão grande e cristalizada nas nossas rotinas q poucos percebem q parece coisa da vida civil e 'laica'( s/ influência religiosa), mas na verdade NÃO É, tem os pés bem ficados na religião. Mexer em tais tradições não é tirar direitos conquistados. Mas é preciso pensar q feriado de Natal é religioso, sim! Ñ parece oportunismo ou esquizofrenia nas convicções querer mexer em símbolos como cruzes e relegá-los aos redutos religiosos (certo!),e, ao mesmo tempo fingir que Natal e Sexta-feira Santa ñ são símbolos e rituais q ñ deveriam interferir na vida de todos?A laicidade apita em quais terreiros afinal? Ou leis q determinam feriados ñ são atos de Estado — e note-se lá nos textos q ressaltam q feriados devem levar em conta as tradições locais, incluindo religiosas! Ou qdo repartições públicas param em feriados q tais ñ é uma perturbação da laicidade?
Por que uma audiência ñ pode ser feita no dia 24/ 25 de dezembro?? Por que ñ trabalham...E por que ñ trabalham? Por que é feriado de UMA certa religião...Ora, o calendário assim arranjado está decidindo atos judiciários e de Estado ou ñ? Da mesma forma q uma cruz ou santo poderia 'inspirar' ações dos julgadores?
Foi mais fácil acabar com a escravidão q existia desde tempos imemoriais, bem antes do aparecimento do calendário infestado de datas carregadas de altíssima carga religiosa, do q enfrentar tais mudanças e imposições protegidas de 'tradições' q são até bem mais recentes, vide Carnaval q nunca foi feriado, ñ é feriado p/ fins trabalhistas, mas já virou tradição folgar todos aqueles dias, na base do 'todo mundo gosta assim, faz assim'... Não é preciso mudar o nome de Santo da cidade ou qquer lugar, mas tirar o feriado do dia do Santo isso deveria merecer o mesmo empenho q tirar cruzes. Só ilustrando: em SC faz tempo q o dia da 'santa' ñ é feriado, nem mesmo do dia da padroeira da capital,mas alguns municípios vizinhos preservam o feriado do dia do santo padroeiro, via lei municipal. Dia 12 de outubro ñ era feriado nacional nem pra festejar Dia das Crianças, nem do Descobrimento da América, mas criaram feriado pra N.S. Aparecida em função da visita de um papa. Ora, ora. Tradição nenhuma é 'imexível'. Nem mesmo calendários, como se sempre tivesse existido só esse q conhecemos como o melhor, mais certo, mais conveniente, mais racional(?).
Segue...
Lia de Souza disse…
Só levantando a bola e pondo em jogo, espero q alguns comecem a pensar nesses modestos 'pensares', além de cruzes e badulaques.

Admiro Daniel pela coragem de dizer o q precisa ser dito, não se esconde travestido de agnóstico não militante, do tipo que espera as coisas acontecerem sem serem provocadas ou reivindicadas. Ele sai da zona de conforto, ponto pra ele.
Anônimo disse…
Voltando ao ambiente do tribunal, a testemunha jura dizer a verdade com a mão sobre a biblia. A imagem é adornada pelo cristo crucificado morto.
Muito bem a cena invoca apenas a propaganda religiosa. Nesse ato simbolico, que não representa aboslutamente nada, todos mentem. Apenas as provas e os fatos dizem a verdade.
No lugar representando vida e liberdade ficaria melhor um vaso com uma bela planta.
walter disse…
“As sociedades evoluem. As religiões as seguem de longe e a contragosto. Não se tornaram mais humildes e tolerantes. Apenas perderam o poder que tinham sobre as pessoas. Já não inspiram o medo e, cada vez menos, o respeito.”
Yuri disse…
Por favor, ele acredita na cobra falante, na mulher costela e no judeu voador, ele não está viajando, ele é um viajante.
Leandro Santiago disse…
vc anda assistindo muito filme estadounidense. até onde eu saiba isso de jurar na biblia não existe no brasil. isso indicaria que um ateu ou não cristão poderia mentir a vontade :-)
No Name disse…
Israel ChavesMar 26, 2012 06:52 PM
PNDH3
381. Promover políticas destinadas ao primeiro emprego, incorporando questões de gênero e raça, e criar um banco de dados, com ampla divulgação, voltado para o público juvenil que busca o primeiro emprego.

Assim como o STF legislou no caso do casamento de pessoas do mesmo sexo, nada impede que faça novamente.
Anônimo disse…
"Sua Santidade, Paulo VI, dirigiu ao rei de Portugal a bula Dum Diversas..."

Nenhum dos ateus ignorantes se tocou de que esta informação está errada!

A Bula Dum Diversas é de autoria de do Papa Nicolau V.

O Combustível de sua descrença é, sem dúvida, a ignorância.
Anônimo disse…
"Sua Santidade, Paulo VI, dirigiu ao rei de Portugal a bula Dum Diversas..."

Nenhum dos ateus ignorantes se tocou de que esta informação está errada!

A Bula Dum Diversas é de autoria de do Papa Nicolau V.

O Combustível de sua descrença é, sem dúvida, a ignorância.
Anônimo disse…
É como eu já disse no outro post, se as coisas fossem mantidas pelas suas tradições, não haveria evolução. Belo texto de Daniel Sottomaior
Anônimo disse…
Esqueci de assinar meu nickname. Ass: Winston Smith
E o que isso tem a ver com cotas para gays?!

Templário, você tomou seus remédios hoje?
90% da população?!?! Você tirou isso de alguma pesquisa popular ou da sua cabeça perturbada?

E mesmo se fosse verdade, promover apenas uma religião é sacanagem!
Buchmann disse…
Texto perfeito.
Prabens ao Daniel.

Não foi Paulo VI.
Foi Nicolau V.
Nooooossssa!
Mudou tudo!
KKKKKKKKKKKKKKKKKKK
Anônimo disse…
Sim, de fato, um erro. Eram tantos papas quanto ladrões aqui no Brasil [a analogia é mera coincidência], por isso às vezes ocorre pequenas confusões sobre nomes papais, ainda bem que você viu o erro e o corrigiu. Agradecemos por isso, agora o texto está bem melhor.
Ichthys disse…
texto maravilhoso? olha a lista de bobagens...
“A escravidão, por exemplo, é uma tradição que remonta não só aos primeiros dias da colonização no Brasil, mas vai muito além, e está bem fundamentada nos textos sagrados das três religiões abraâmicas.”
O “sapiente” Daniel omite aqui que a escravidão remonta praticamente desde o inicio da sociedade humanas, não somente nas religiões monoteistas. Se bem que não da pra esperar muito do Daniel é um completo desinformado.
“Sua Santidade, Paulo VI, dirigiu ao rei de Portugal a bula Dum Diversas, em que afirmou:
“Nós lhe concedemos, por estes presentes documentos, com nossa Autoridade Apostólica, plena e livre permissão de invadir, buscar, capturar e subjugar os sarracenos e pagãos e quaisquer outros incrédulos e inimigos de Cristo, onde quer que estejam, como também seus reinos, ducados, condados, principados e outras propriedades… e reduzir suas pessoas à perpétua escravidão”
Paulo VI?? Kkk , Daniel não tem nem a capacidade de averiguar suas fontes, quem escreveu a Dum Diversas foi Nicolau V em 1452 em plena batalha com os árabes sarracenos que ameaçavam a Europa, alias há varias bulas papais condenando a escravidão

“Esta é nossa tradição. Por que deveríamos negá-la, se está sustentada pela Bíblia e reafirmada pelas palavras de mais de um Santo Padre?”
Ichthys disse…
agora o que o parvo Daniel faz é tirar o texto fora do contexto pra criar pretexto e mentiras venenosas. Vejamos a Igreja, seguindo a doutrina de Cristo, condenou sempre a escravidão. Na epístola de São Paulo aos Gálatas se lê: "Portanto já nenhum de vós é servo, mas filho; e se é filho, é herdeiro de Deus" ( Gal. IV, 7).E aos Colossenses São Paulo escreveu: "Não mintais uns aos outros, despojando-vos do homem velho com todas as suas obras, e revestindo-vos do novo, daquele segundo a imagem daquele que o criou, onde não há gentio e judeu, circuncidado e incircuncidado, bárbaro e cita, servo e livre, mas Cristo é tudo em todos"( Col.. IV, 9-11).
Mas, se você ler as cartas de São Paulo e dos demais Apóstolos, você verá que eles recomendavam aos escravos que obedecessem a seus senhores.
Na mesma epístola aos Colossences, São Paulo recomenda aos escravos que obedeçam a seus senhores, e não que se revoltem: "Servos, obedecei em tudo a vossos senhores temporais, não servindo só quando sob suas vistas, como para agradar aos homens, mas com sinceridade de coração, temendo a Deus"( Col.III 22).
E aos Efésios escreve São Paulo: "Servos, obedecei a vossos senhores temporais com reverência e solicitude, na sinceridade de vosso coração, como a Cristo." ( Ef.VI, 5).
Mas São Paulo determinava também que os senhores tratassem bem os seus escravos.
Ele recomenda especialmente que Filemon não maltratasse o seu escravo Onésimo que havia fugido (Cfr Epístola de São Paulo a Filemon, I, 8-19). E jamais os Apóstolos pregaram a revolta dos escravos.

Se a Igreja não pregou em Roma a revolta dos escravos, apesar de ensinar que em Cristo não havia mais senhor ou servo, é porque ela foi obrigada a aceitar a situação anômala existente no Império, e que ela não tinha força de mudar. Mas, logo que a população do Império Romano ficou católica, já não houve mais escravos. Não foi necessária uma lei de libertação dos escravos: triunfante o cristianismo, não existiram mais escravos.
Infelizmente, com o fim da Idade Média e com o advento do Humanismo Renascentista-- que queria voltar à cultura romana e que condenava a cultura cristã medieval -- voltou a escravidão. Foi o Humanismo, foi o Renascimento que trouxe de volta a escravidão. E hoje, os que elogiam o Renascimento querem atribuir à Igreja a escravidão. Foi o contrário o que aconteceu. Com o Renascimento voltaram o paganismo e a escravidão. E a Igreja sempre condenou a escravidão, embora fosse obrigada a aceitar a situação que existia, mas logo que foi possível a Igreja combateu a escravidão até derrubá-la. Aqui no Brasil, foram os conventos e os sacerdotes os primeiros a libertar os escravos e a favorecer a abolição da escravatura.

Portanto, é de uma tremenda ignorância comparar a escravidão que esteve arraigada na sociedade humana com a doutrina católica e tentar proibir a manifestação de religiosidade através dos crusifixos
Unknown disse…
Que texto!
Unknown disse…
Parabéns e ótima descrição em sua escrita. Belo texto.
Unknown disse…
Excelentes argumentos, mas... Seu Deus não existe de qualquer maneira...
Anônimo disse…
Parabéns Daniel!

Não se esqueça do nossa tradição de embolachar a mulherada que vem sendo sistematicamente combatida.

André Luis.
Felippe F B Jr disse…
ICHTIS, a doutrina calólica apóstólica romana também pratica a apologia à escravidão e violência ideológica mesmo inconsciente sustentada pelos discursos das falácias do apelo à autoridade, à tradição, ao medo, falso dilema, argumento circular, apelo a emoção, falácia da esperança (pode ler em detalhes cada uma delas para compreender melhor como funcionam). Procure no google por "Onde a Religião Termina? Marcelo da Luz" na página 116. Essas falácias relacionadas ao discurso religioso, frequentemente fazem apelo direto às emoções, desconsiderando a regra da lógica e tira conclusões a partir de mitos e crenças infundadas, constatações empíricas insuficientes, tradição e autoridade, medos e artimanhas psicológicas, pressão emocional, artifícios linquisticos, imagisticas, entre outros fatores irracionais constituintes da persuasão doutrinária inculcadora. Sou a favor da retirada que qualquer símbolo religioso das repartições públicas, por que também se tornam um convite direto e indireto à prática da desonestidade intelectual com o sacrifício da razão (diferente de racionalização, ver dicionário). Além do mais o reconhecimento da dúvida racional e sadia impossibilitada pela fé (aparente "certeza" "infalível" do improvável, megalomania) impede/dificulta que a consciência reconheça suas limitações e possa aprender com questionamentos e experiencias mais amplas. A dúvida se torna força motriz importante para o aprendizado. O otimista excessivo muitas vezes traz prejuízos sérios para eles e muitas pessoas. A fé negligencia a organização adequada para a aquisição de muitos conhecimentos no plano material e imaterial justamente pelo que descrevo. Além do mais, o contágio psíquico pelo uso condicionado de tais falácias lógicas empregadas no discurso religioso se transfere pela política também não religiosa, corrompendo a mente e os hábitos humanos também em outros comportamentos. Há muita desonestidade similar associada à prática das mesmas falácias em nosso país. Denunciando tais práticas, fica mais fácil também a compreensão de vários outros mecanismos corruptos e de escravidão, mesmo inconsciente. Fica a sugestão. Meu email: ffbjunior@gmail.com
Felippe F B Jr disse…
ICHTIS, a doutrina calólica apóstólica romana também pratica a apologia à escravidão e violência ideológica mesmo inconsciente sustentada pelos discursos das falácias do apelo à autoridade, à tradição, ao medo, falso dilema, argumento circular, apelo a emoção, falácia da esperança (pode ler em detalhes cada uma delas para compreender melhor como funcionam). Procure no google por "Onde a Religião Termina? Marcelo da Luz" na página 116. Essas falácias relacionadas ao discurso religioso, frequentemente fazem apelo direto às emoções, desconsiderando a regra da lógica e tira conclusões a partir de mitos e crenças infundadas, constatações empíricas insuficientes, tradição e autoridade, medos e artimanhas psicológicas, pressão emocional, artifícios linquisticos, imagisticas, entre outros fatores irracionais constituintes da persuasão doutrinária inculcadora. Sou a favor da retirada que qualquer símbolo religioso das repartições públicas, por que também se tornam um convite direto e indireto à prática da desonestidade intelectual com o sacrifício da razão (diferente de racionalização, ver dicionário). Além do mais o reconhecimento da dúvida racional e sadia impossibilitada pela fé (aparente "certeza" "infalível" do improvável, megalomania) impede/dificulta que a consciência reconheça suas limitações e possa aprender com questionamentos e experiencias mais amplas. A dúvida se torna força motriz importante para o aprendizado. O otimista excessivo muitas vezes traz prejuízos sérios para eles e muitas pessoas. A fé negligencia a organização adequada para a aquisição de muitos conhecimentos no plano material e imaterial justamente pelo que descrevo. Além do mais, o contágio psíquico pelo uso condicionado de tais falácias lógicas empregadas no discurso religioso se transfere pela política também não religiosa, corrompendo a mente e os hábitos humanos também em outros comportamentos. Há muita desonestidade similar associada à prática das mesmas falácias em nosso país. Denunciando tais práticas, fica mais fácil também a compreensão de vários outros mecanismos corruptos e de escravidão, mesmo inconsciente. Fica a sugestão. Meu email: ffbjunior@gmail.com
Felippe F B Jr disse…
Luan, esse seu comentário usando a expressão "lésbicas atéias" pode mesmo surtir efeito de manifestação de desprezo e preconceito de sua parte. Parece que desmerece as mesmas por isso. Objetivando a não prática de culto religioso por veneração (velada ou não) de tal simbolo nas repartições públicas, como manda a constituição, estão certas sim. Apóio com a consciência tranquila, sadia, racional. Um problema para mim: ser santo implica em muitos casos, o sacrifício desonesto do uso da razão. E não quero isso não. Muito menos para aqueles que estão nas repartições públicas ainda mais quem nos representa.

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