Título original: Qual será o futuro religioso do Brasil?
por Francisco Borba Ribeiro Neto para Folha
o autor é coordenador do Núcleo Fé e Cultura da PUC-SPEle sempre foi mais um "cristianismo popular", permeado por sincretismos e particularismos, em que a influência do magistério romano foi muito relativa.
Por isso, a redução do percentual de católicos no país deve ser lida como a explicitação de uma diversidade religiosa camuflada e o aflorar de visões de mundo populares antes ocultas e recalcadas.
Entre os anos de 1991 e 2009, enquanto a porcentagem de católicos caiu 15%, a dos "sem religião" aumentou apenas 2%; a de evangélicos aumentou 10%.
Isso sugere que estamos num caminho diferente da Europa, onde a religião vem perdendo espaço na sociedade, e mais próximo ao norte-americano, onde há grande diversidade de religiões e estas permanecem influentes na vida social.
A presença do fator religioso nas eleições de 2010 ilustra essa tendência e mostra como ela poderá influenciar a relação entre religiões e sociedade no futuro do Brasil.
Quanto ao catolicismo brasileiro, seu novo perfil é marcado pelo êxodo dos católicos "por convenção" e pelo surgimento de um novo polo dinâmico, representado principalmente pelos movimentos e pelas novas comunidades.
Na arquidiocese de São Paulo, por exemplo, são reconhecidos mais de 40 grupos, que variam de poucas dezenas de participantes em uma paróquia a movimentos com centenas de pessoas, que já se ramificam na Europa e nos EUA.
O laicato tem papel preponderante nessas organizações, que contam com leigos consagrados à obra, muitos dos quais celibatários.
Contando, desde João Paulo 2º, com o apoio explícito do Vaticano, conseguem uma síntese entre pluralidade e unidade. Com isso, resolveram vários problemas do catolicismo do final do século 20, como a necessidade de pluralismo interno, a autonomia dos leigos, a falta de padres e o celibato.
No Brasil, seu grande desafio é formativo, pois se propõem à exigente tarefa de conciliar renovação litúrgica, mística cristã, evangelização, trabalho cultural e ação social.
Os dados indicam que continuaremos a ser, no futuro, um país cristão, com um povo marcado pela religiosidade. Isso diz muito, mas deixa muito ainda por dizer.
Fundamentalismo versus racionalidade, individualismo versus solidariedade, bem comum versus clientelismo, essas são algumas das questões que estão intimamente ligadas à forma como compreendermos e praticarmos nossas opções religiosas no futuro.
Comentários
Números FALSOS e representação FALSA deles. Olhem a fonte do IBGE desses números: http://www.ibge.gov.br/7a12/conhecer_brasil/default.php?id_tema_menu=2&id_tema_submenu=5
Os "sem religião" cresceram de 4,7% pra 7,4%, ou seja, aumentaram em 2,7% no total da população (diferente de 2%) e isso representa um crescimento de 57% em relação ao número anterior!
Os evangélicos aumentaram em 6,4% e não em 10% como foi dito. 6,4% já é impressionante - um crescimento de 71% em relação ao número anterior - por que o articulista precisou mentir?
E a porcentagem de católicos caiu 9,4%, não 15%.
Tenha vergonha de suas mentiras, Francisco Borba Ribeiro Neto!! A Internet é aberta e outras pessoas podem verificar suas calúnias!
O tal Francisco Borba que trabalha para uma Universidade Católica, está claramente contra a própria instituição que lhe dá um emprego!
Por que o próprio professor aumentou o números de protestante?
Por que o próprio professor aumentou o número de católicos que abandonaram a igreja?
No mínimo esse professor deveria ser despedido da PUC. E por justa causa.
o Brasil esta virando evangélico, todos, ou a maioria dos meu amigos de cachaça e vizinhos, viraram evangélico, eu não sou nada, sou um cachaceiro só isto.
O "Articulista" não mentiu!
Ele apenas sofre de incompetência treinada, como a maioria dos acadêmicos. Seu pendor e dedicação fervorosos para análises estatísticas o impossibilitaram de desenvolver senso didático.
O Endereço que você citou não é o mais adequado para apreciar este números. Sugiro o documento pdf: http://www.fgv.br/cps/bd/rel3/REN_texto_FGV_CPS_Neri.pdf.
Vejo cada vez mais protestantes deixando as suas seitas e virando ateus.
Os que se dizem "convertidos" hoje serão os futuros ateus de amanhã.
A maioria da primeira geração de "convertidos" no ínicio dos anos 1990 já são declaradamente ateu ou agnóstico.
Eu não sei onde ela quis chegar com isso, mas fiquei meio receoso. Acho que vai ser pior pra ela descobrir que o filho é agnóstico do que gay. Por enquanto, ainda fico no armário, nos dois casos.
Muito tenso.
É como diz a máxima: o que é bom para os americanos é bom para o Brasil.
ATÉIA
Vocês ateus já perceberam que de nada vai adiantar ficarem vomitando o veneno de vocês contra a religião, pois isso ao invés de destruir a religião a torna mais forte, portanto continuem falando o que quiserem, pois não vai ser um blog idiota que ira derrubar o cristianismo.
Não, não vai. E nem precisa, o próprio cristianismo está fazendo um bom trabalho nesse sentido, derrubar a si mesmo..:-)
Pedofilia, atraso, preconceito, desmoralização, etc, estão indo bem nisso, muito bem.
Houve um tempo, no passado, que não era assim (você deve ter saudade dessa época..:-), praticamente não haviam ateus, os que haviam eram queimados, a Igreja mandava em tudo e todos acreditavam em deus.
Chamamos esse período de Idade da Trevas.
Cognite Tute
Uma sociedade sem religião seria uma sociedade baseada na razão; e uma sociedade baseada na razão é, se não totalmente, quase perfeita.
Chega de crimes por fanatismo, gente se explodindo, se mutilando, fazendo sacrifícios, discriminando pessoas de outras crenças, criando guerras para ver quem tem o amigo imaginário mais legal, usando da ignorância e fragilidade emocional dos pobres para enriquecer, enfim, tudo de ruim que a religião traz ao mundo.
Seria uma utopia.
Agora sobre os dados apresentados, eu não sei até onde é verdade e até onde é manipulação dos interessados; não sou especialista em estatísticas e nem conheço a fundo outras fontes. Mas o que eu vejo, ao menos na minha cidade, é um crescimento exponencial de evangélicos. Igrejas de fundo de quintal pipocam todos os dias em todas as esquinas. Qualquer um enche uma garagem de cadeiras, começa a pregar a Bíblia num microfone e em menos de uma semana já tem um número considerável de seguidores. Em menos de um mês já comprou carro novo, deu entrada em uma casa e alugou um lugar maior para comportar os fiéis. Sem exagero.
É assustador a velocidade com a qual estão aumentando de número. Não sei se essa tendência tem velocidades diferentes em diferentes regiões (Deve ter. Suponho que seja mais devagar no Nordeste, onde o catolicismo é extremamente forte), mas aqui no Sul, é de dar medo.
Religião se baseia em mentiras e se apóia no incentivo à ignorância, de forma que os enganados sejam passados para trás e tenham orgulho disso(além de se concentrar em converter a maioria possível e de fazer com que os mesmos se multipliquem descontroladamente para que pareça que estão corretos somente por estarem em maior número). A partir do momento que existir real liberdade de expressão e seja eliminada a censura e o controle de mídia sobre as massas, de forma que todos possam estar certos de estarem obtendo informações verídicas, de terem certeza que é a verdade que está sendo informada, então a existência da religião estará com seus dias contados(ao menos a religião como a conhecemos, mas provavelmente ninguém acreditará em mentiras e absurdos de tal magnitude caso não seja obrigado).
Só de pensar que cura para aids, câncer, doenças genéticas(entre muitas outras), manipulação genética, atingir o desempenho máximo físico e mental que o corpo humano capacita, além de aumentar esse capacidade, resolver problemas de geração de energia (o que acabaria com muitas guerras, talvez todas, e permitisse colonização de outros planetas e tornasse viável viagens com conforto e segurança com tais fins, para que houvesse espaço para todos, independemente de quão grande fosse o número de indivíduos da espécie humana existindo simultaneamente) talvez através da domínio de fusão nuclear(que poderia permitir obtenção de qualquer ou quase qualquer tipo de matéria/composto, tal como água, oxigênio, comida, etc.) e muitas outras possibilidades poderiam ser realidade décadas, talvez séculos atrás caso não existisse religião, me deixa muito indignado, dá até um desânimo.
Ahh religião, por que não deixas de existir? Já vai tarde. Ou ao menos, por qué no te callas?!11!1!!one1!!1
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