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Arquidiocese de Porto Alegre caiu em golpe de R$ 2,5 milhões

do Zero Hora

A Polícia Civil confirmou ontem que o ex-vice-cônsul português no Estado Adelino Pinto embolsou R$ 2,5 milhões da Arquidiocese de Porto Alegre dados como garantia a uma ong para a reforma de três igrejas no Estado. Registros financeiros comprovam que, além de ter transferido R$ 1,8 milhão para contas pessoais no Brasil e em Portugal, Adelino fez saques e depósitos no Rio de Janeiro.

A garantia de R$ 2,5 milhões a uma ong belga serviria como contrapartida para a doação de R$ 12 milhões, que seriam usados na reforma das igrejas Nossa Senhora da Conceição e Cúria Metropolitana, na Capital, e Bom Senhor, em Triunfo. O ex-vice-cônsul, que atuaria como um intermediário entre a ong e a arquidiocese, havia se comprometido a repassar os recursos, conforme escritura assinada em 21 de dezembro. No documento, ficou acertado que Pinto não poderia movimentar o dinheiro.

Contudo, depois de uma semana, o português remeteu R$ 1,3 milhão para uma conta particular em Lisboa, no banco espanhol BBVA. No mesmo dia, aplicou R$ 400 mil em uma conta sua do Banrisul. Já em 5 de janeiro, o ex-vice-cônsul fez a assinatura do segundo termo de compromisso com a igreja, quando recebeu mais um depósito. Na ocasião, não mencionou aos padres que já havia retirado o dinheiro da sua conta. No dia seguinte, mandou mais R$ 275 mil para o banco espanhol e, em 14 de janeiro, outros R$ 300 mil.

Quando a igreja desconfiou das intenções de Adelino, o ex-vice-cônsul repassou, como garantia do negócio, cinco cheques para a Mitra (a organização jurídica da Arquidiocese), que cobririam o valor repassado. Porém, apenas um cheque – de R$ 19,2 mil –, pode ser descontado. Os demais não foram reconhecidos pelo banco porque Adelino usou uma assinatura que não constava nos registros.

Segundo o delegado Paulo César Jardim, as informações reunidas comprovam o crime: "Precisamos ouvir as pessoas que receberam os depósitos. Pode ser lavagem de dinheiro. Assim que o inquérito for concluído, será enviado para a Justiça e para o Ministério Público Federal, pois há possibilidade de evasão de divisas".

A polícia investiga o paradeiro do ex-vice-cônsul, que perdeu o direito à imunidade consular.

Com o dinheiro em seu poder, Adelino Pinto aproveitou para se hospedar em hotéis no Estado e no Rio de Janeiro, onde fez saques e depósitos em nome de terceiros. O português ainda usou os recursos em farmácias, lojas de eletroeletrônicos e churrascarias. De dezembro a março, repassou 33 cheques, no valor total de cerca de R$ 330 mil. Em março, gastou mais R$ 247 mil, sendo que os últimos R$ 100 mil foram retirados da sua conta no dia em que o caso foi divulgado pela Rádio Gaúcha.

Para o advogado da Mitra, Luciano Feldens, essa prova derruba a versão apresentada pelo ex-vice-cônsul, além de comprovar que Adelino não honrou a palavra firmada em cartório. Agora, segundo Feldens, é possível que a igreja tente reaver o dinheiro com uma ação judicial imediata contra o governo português, pois Adelino se aproveitou do cargo para ganhar a confiança dos padres.

O advogado Amadeu Weinmann, que faz a defesa do ex-vice-cônsul, informou que entrará em contato com Adelino para se manifestar sobre o caso.

As movimentações

- 28/12/2010: remessa conta Bilbao Adelino – R$ 1,3 milhão
- 28/12/2010: cheque depositado conta Adelino no Banrisul – R$ 350 mil
- 28/12/2010: Cheque depositado conta Adelino no Banrisul – R$ 50 mil
- 6/01/2011: remessa conta Bilbao Adelino – R$ 275 mil
- 14/01/2011: remessa conta Bilbao Adelino – R$ 300 mil
- 2/03/2011: saque em caixa Leblon/RJ – R$ 47 mil
- 4/03/2011: saque e depósito no Leblon em conta de terceiro – R$ 100 mil
- 29/03/2011: último saque e depósito no Leblon em conta de terceiro – R$ 100 mil

Resumo

- R$ 1,875 milhão enviado o Exterior
- R$ 400 mil depositados no Banrisul
- R$ 47 mil sacados no Rio de Janeiro
- R$ 200 mil depositados em contas de terceiros no Rio de Janeiro
- Total: R$ 2,522 milhões

setembro de 2010

Comentários

Fernando disse…
Após alguns meses participando desse blog, findo essa minha participação, porque sei o que os ateus pensam e resolvo deixa-los. Eis os pensamentos dos ateus: “QUANDO ME TORNEI CONVENCIDO DE QUE O UNIVERSO É NATURAL, DE QUE TODOS OS DEUSES E FANTASMAS ERAM MITOS, ENTRARAM NA MINHA MENTE, NA MINHA ALMA, EM CADA GOTA DO MEU SANGUE, O SENSO, O SENTIMENTO E A ALEGRIA DA LIBERDADE. OS MUROS DA PRISÃO RACHARAM E CAÍRAM. AS MASMORRAS FORAM INVADIDAS PELA LUZ, E TODAS AS TRAVAS, AS ALGEMAS, AS BARREIRAS, VIRARAM PÓ. EU NÃO ERA MAIS UM SERVO, UM SERVENTE OU UM ESCRAVO. NÃO HAVIA MAIS PARA MIM NENHUM MESTRE EM TODO ESTE GIGANTESCO MUNDO – NEM MESMO NO ESPAÇO INFINITO. EU ESTAVA LIVRE. LIVRE PARA PENSAR, PARA EXPRESSAR MEUS PENSAMENTOS. LIVRE PARA VIVER MEU PRÓPRIO IDEAL. LIVRE PARA VIVER PARA MIM E PARA AQUELES QUE AMO. LIVRE PARA REJEITAR TODA E QUALQUER CRENÇA CRUEL E IGNORANTE. LIVRE PARA REJEITAR TODOS OS “LIVROS SAGRADOS” QUE SELVAGENS IGNORANTES PRODUZIRAM E TODAS AS BÁRBARAS LENDAS DO PASSADO. LIVRE DE PAPAS E PADRES. LIVRE DE TODOS OS “CHAMADOS” E “EXCLUÍDOS”. LIVRE DE ERROS SANTIFICADOS E DAS MENTIRAS SANTAS. LIVRE DO MEDO DO SOFRIMENTO ETERNO. LIVRE DOS MONSTROS ALADOS DA NOITE. LIVRE DE DIABOS, FANTASMAS E DEUSES. PELA PRIMEIRA VEZ EU ERA LIVRE. NÃO HAVIAM LUGARES PROIBIDOS EM QUALQUER RECANTO DA MENTE. NÃO HAVIA AR OU ESPAÇO EM QUE A IMAGINAÇÃO NÃO PUDESSE ATINGIR COM SUAS ASAS COLORIDAS. NENHUMA ALGEMA ME PRENDENDO. NENHUM CHICOTE NAS MINHAS COSTAS. NENHUM FOGO NA MINHA CARNE. NENHUM MESTRE ME ENCARANDO NEM ME AMEAÇANDO. NADA MAIS DE SEGUIR OS PASSOS DOS OUTROS. NENHUMA NECESSIDADE DE ME CURVAR, AJOELHAR OU RASTEJAR, OU EXPRESSAR PALAVRAS MENTIROSAS. EU ESTAVA LIVRE. COLOQUEI-ME DE PÉ, E, ALEGRE E SEM MEDO, ENCAREI O MUNDO

ROBERT GREEN INGERSOLL (1833 - 1899)
PROCURADOR, ADVOGADO E ORADOR POLÍTICO NORTE-AMERICANO......................................."Porém agora diz o SENHOR: Longe de mim tal coisa, porque aos que me honram honrarei, porém os que me desprezam serão desprezados. 1 Samuel 2:30". Paulo Roberto Lopes. Obrigado!
Odalberto Domingos Casonatto disse…
Sempre ouvi os causos do “conto do vigário”, que para sobreviver o vigário de uma cidade da fronteira era muito criativo para conseguir os meios de vida e evangelização em uma região de incrédulos. O coitado do vigário fazia das tripas o coração para sobreviver, e nesta região existia centenas de ditos populares, lembro este “mais feio que sapato de vigário”. Agora parece que é a Igreja é que amarga um duro golpe em suas parcas finanças, colocando na mão de um cônsul Português Adelino Pinto, que se dizia responsável amigo do Pe. Ecônomo da Cúria, 2 milhões e 500 mil reais para garantir o recebimento de mais de 10 milhões para reformas de Igrejas do período português (Nossa Senhora da Conceição de Porto Alegre e a Igreja de Triunfo).Agora já se sabe que este dinheiro foi usado pelo cônsul em suas necessidades e desviado dos objetivos. Penso que este 2.5 milhões que a Arquidiocese de Porto Alegre quer reaver do governo Português, alegando que o tal cônsul Adelino Pinto era funcionário do governo, é o governo seria responsável é muito temeroso. Numa situação econômica que se encontra Portugal e mais fácil estas Igreja de origem Portuguesas carentes de reformas caírem que a Arquidiocese receber de volta este dinheiro. Quem conhece os balancetes econômicos das Paróquias sabe muito bem suas dificuldades, e nossas Paróquias vivem sempre no limite precisando de coletas especiais para reformas. Ficamos tristes porque novamente nossas comunidades foram enganadas, restando para nós somente um milagre para que este dinheiro retorne. Penso que nem tenhamos condições, como leigos de querer alertar o setor econômico da Arquidiocesede Porto Alegre com estes tipo de envolvimento, mas uma certeza temos a que de tempos em tempos fatos como este infelizmente acontecem.

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