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Soldados americanos matam Bin Laden em operação no Paquistão

EUA localizam o líder da Al-Qaeda quase 10 anos após o atentado nas Torres Gêmeas

BBC BRASIL

post com atualização

Autoridades dos Estados Unidos disseram que o fundador e líder da rede Al-Qaeda, Osama Bin Laden (foto), foi morto com um tiro na cabeça após resistir à prisão, em uma operação conduzida por uma unidade de elite do Exército americano na cidade de Abbottabad, a 100 quilômetros de Islamabad, no Paquistão [mapa].

A morte de Bin Laden acontece quase dez anos depois dos atentados de 11 de setembro, em que quase 3 mil pessoas morreram.

Segundo relatos do governo americano, Bin Laden foi morto em uma mansão cercada por muros de até seis metros de altura, que era oito vezes maior que outras casas na região e foi avaliada em "vários milhões de dólares", apesar de não ter telefone ou conexão de internet. A operação teria durado cerca de 40 minutos.

A mídia nos Estados Unidos noticiou que o corpo foi “enterrado no mar” para evitar que o túmulo de Osama Bin Laden fosse tratado como um local sagrado. Isso teria sido feito em menos de 24 horas depois da morte em respeito à prática islâmica.

O feito foi descrito pelo presidente Obama como "a conquista mais significativa até hoje nos esforços de nossa nação para derrotar a Al Qaeda".

Casarão de Bin Laden

A notícia foi recebida com festa por uma multidão reunida do lado de fora da Casa Branca, em Washington, mas os Estados Unidos já colocaram suas embaixadas ao redor do mundo em estado de alerta, temendo represálias.

A morte de Osama Bin Laden foi confirmada pelo presidente americano, Barack Obama, em um pronunciamento exibido ao vivo pela televisão às 23h35 de domingo em Washington (0h35 de segunda-feira no Brasil).

"Nesta noite, posso relatar ao povo americano e ao mundo que os Estados Unidos conduziram uma operação que matou Osama Bin Laden, o líder da Al-Qaeda, e um terrorista que é responsável pelo assassinato de milhares de homens, mulheres e crianças inocentes", disse o presidente americano.
"Justiça foi feita", acrescentou Obama, ao anunciar a morte de Bin Laden no discurso transmitido da Casa Branca.

O líder da Al-Qaeda era acusado de comandar dezenas de atentados, incluindo as explosões em duas embaixadas americanas no Leste da África em 1998 e os ataques de 11 de setembro de 2001, que mataram cerca de 3 mil pessoas no World Trade Center, em Nova York, e no Pentágono, em Washington.

Bin Laden ocupava o primeiro lugar na lista de criminosos mais procurados pelos Estados Unidos, e as forças americanas tentavam capturá-lo desde antes de 2001.

Segundo Obama, a operação que matou Bin Laden não deixou nenhum americano ferido.

Autoridades americanas dizem que três outros homens teriam sido mortos no ataque - um dos filhos de Bin Laden e dois de seus mensageiros. Uma mulher também teria sido morta após ser usada como "escudo" e outras duas mulheres teriam ficado feridas.

Um helicóptero usado na operação sofreu "problemas técnicos" e foi, depois, destruído e abandonado. A equipe deixou o local em um segundo helicóptero.

Um morador da região, Nasir Khan, disse à agência Reuters que os helicópteros foram alvo de "fogo pesado" vindo de atiradores que estavam em terra.

O tamanho e a sofisticação do complexo residencial "chocou" as autoridades americanas. A mansão fica a menos de 1 km da Academia Militar do Paquistão, a principal base militar do país.

Segundo Obama, a operação que levou à morte de Bin Laden foi autorizada por ele na semana passada, após vários meses de coleta de informações de inteligência.

Autoridades americanas afirmaram que há quatro anos os serviços de inteligência identificaram um mensageiro de confiança de Bin Laden. Dois anos atrás, sua área de operação foi descoberta e, em agosto passado, a mansão de Abbottabad foi localizada, dando início à missão.

"Na semana passada, eu decidi que tínhamos informações de inteligência suficientes para agir e autorizei uma operação para capturar Osama Bin Laden e trazê-lo à Justiça", afirmou o presidente Obama.

"A morte de Bin Laden marca a realização mais significativa até hoje nos esforços de nossa nação para derrotar a Al-Qaeda", disse Obama. "No entanto, sua morte não marca o fim dos nossos esforços."

Segundo o presidente americano, a Al-Qaeda deve continuar a tentar realizar novos ataques contra os Estados Unidos. "Precisamos continuar vigilantes, em casa e no exterior", acrescentou.

Obama afirmou ainda que os Estados Unidos "não estão e nunca estarão em guerra contra o Islã", lembrando que Bin Laden não era um líder muçulmano, e sim um "assassino" de muçulmanos.
"Na verdade, a Al-Qaeda massacrou inúmeros muçulmanos em muitos países, incluindo o nosso. Por isso, sua morte deve ser bem recebida por todos os que acreditam na paz e na dignidade humana", completou.

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