por Fabiana Cambricoli, do Agora
Defensor público do uso da camisinha, o padre Valeriano Paitoni (foto), 61, está sendo obrigado a voltar para Itália após receber ordem de seus superiores na Igreja Católica.
Há 33 anos na zona norte de São Paulo, o padre ganhou notoriedade em 2000 quando passou a defender a utilização de preservativos como forma de combater o vírus da Aids -opondo-se às orientações do Vaticano.
Esse posicionamento público -que ainda defende- causou irritação em parte da cúpula da igreja em SP.
A transferência ameaça parte da obra mantida por ele: três abrigos para crianças e jovens contaminados com o vírus da Aids.
No início do ano, o religioso diz ter sido comunicado por sua congregação -Instituto Missões Consolata- de que havia sido designado para uma missão na Itália.
Após reações negativas da comunidade, o coordenador do Instituto no Brasil convocou uma reunião para a última quinta-feira com a comunidade. No encontro, porém, a decisão foi reafirmada.
Quase simultaneamente, a Arquidiocese de São Paulo, dona do imóvel onde estão a paróquia Nossa Senhora de Fátima do Imirim (Paitoni é padre ajudante) e de um dos abrigos (a Casa Siloé), anunciou que este teria de deixar o local, conforme contrato.
"Não me deram motivos válidos [para que a casa saia do espaço]. Se eles tivessem uma finalidade para o local, eu seria o primeiro a procurar outro espaço", afirma.
Segundo fiéis, a arquidiocese argumenta que um projeto social mantido por uma entidade não pode ocupar o espaço da paróquia.
Os motivos dados pela igreja, porém, não convencem o padre e os fiéis. Para eles, as decisões seriam uma espécie de retaliação da instituição. "A maioria já perdeu os pais. Sei que a norma do instituto prevê transferências, mas a igreja não pode colocar a regra acima da pessoa e do diálogo", diz o religioso.
Os irmãos Paula e Tiago (nomes fictícios), de 11 e 13 anos, chegaram na Casa Siloé quando ainda eram bebês. Contaminados na gestação, perderam a mãe e foram abandonados pelo pai.
Na casa de apoio, dizem ter encontrado uma família. O local mal parece um abrigo. Tem quartos para no máximo três crianças. Há videogame, TV e computador. "São as tias que cuidam da gente e o padre [que a gente mais gosta]. É como se fosse um pai para mim", diz Tiago.
> Campanha espanhola associa a hóstia à camisinha; católicos criticam.
dezembro de 2010
Paitoni cuida de crianças aidéticas |
Há 33 anos na zona norte de São Paulo, o padre ganhou notoriedade em 2000 quando passou a defender a utilização de preservativos como forma de combater o vírus da Aids -opondo-se às orientações do Vaticano.
Esse posicionamento público -que ainda defende- causou irritação em parte da cúpula da igreja em SP.
A transferência ameaça parte da obra mantida por ele: três abrigos para crianças e jovens contaminados com o vírus da Aids.
No início do ano, o religioso diz ter sido comunicado por sua congregação -Instituto Missões Consolata- de que havia sido designado para uma missão na Itália.
Após reações negativas da comunidade, o coordenador do Instituto no Brasil convocou uma reunião para a última quinta-feira com a comunidade. No encontro, porém, a decisão foi reafirmada.
Quase simultaneamente, a Arquidiocese de São Paulo, dona do imóvel onde estão a paróquia Nossa Senhora de Fátima do Imirim (Paitoni é padre ajudante) e de um dos abrigos (a Casa Siloé), anunciou que este teria de deixar o local, conforme contrato.
"Não me deram motivos válidos [para que a casa saia do espaço]. Se eles tivessem uma finalidade para o local, eu seria o primeiro a procurar outro espaço", afirma.
Segundo fiéis, a arquidiocese argumenta que um projeto social mantido por uma entidade não pode ocupar o espaço da paróquia.
Os motivos dados pela igreja, porém, não convencem o padre e os fiéis. Para eles, as decisões seriam uma espécie de retaliação da instituição. "A maioria já perdeu os pais. Sei que a norma do instituto prevê transferências, mas a igreja não pode colocar a regra acima da pessoa e do diálogo", diz o religioso.
Os irmãos Paula e Tiago (nomes fictícios), de 11 e 13 anos, chegaram na Casa Siloé quando ainda eram bebês. Contaminados na gestação, perderam a mãe e foram abandonados pelo pai.
Na casa de apoio, dizem ter encontrado uma família. O local mal parece um abrigo. Tem quartos para no máximo três crianças. Há videogame, TV e computador. "São as tias que cuidam da gente e o padre [que a gente mais gosta]. É como se fosse um pai para mim", diz Tiago.
> Campanha espanhola associa a hóstia à camisinha; católicos criticam.
dezembro de 2010
Comentários
igreja atrasada.
a igreja que está contra vida não deve existir!
Jesus veio para que todos tenha vida e a tenha em abundância. esse autentêntico padre está testemunhando e vivendo essa mensagem...acolhendo essas crianças menos afortunados!!!!!! temos que repensar bem! a vida está cima de qualquer lei que seja. Igreja deve ser promotora de vida para todos!!!
Oh!!!!!!!!!! é triste!!!esses superiores!!!!!!!!!!se fossem pregadores do reino de Deus deveriam ler Mt 25,31-46 antes de tomar essa decisão!!!!!!!!!! e acredito que achariam outra saída para o caso!!!!!!!!!!!!!!!!
Dado que posição da Igreja é a mesma, então este padre não pode passar a hierarquia e defender práticas indefensáveis.
Ademais, a proibição da camisinha tem implicações concretas na vida de uma pessoa, como a fidelidade no sexo e a castidade, evitando toda e qualquer doença sexualmente transmitida e associada.
Além de tudo isto, quem critica a Igreja é quem já pratica atos contrários ao pensamento da Igreja. Se já estão paganizados o suficiente, por que querem que a Igreja assuma a posição de vocês?
Pensem, antes de criticar. Ou melhor, estudem.
Nessas horas queria mesmo que inferno existisse pra assistir em 3D essa horda toda de líderes católicos ardendo nas chamas eternas...
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