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Denúncia: indústria inventa doença para vender o Viagra feminino

O professor Ray Moynihan, da Universidade de Newcastle, Austrália, publicou artigo na British Medical Journal com a acusação de que a Pfizer e a Boehringer inventaram uma doença, a disfunção sexual feminina, para vender o “Viagra da mulher”. 

Moynihan escreveu que a Pfizer financiou em hospitais americanos cursos que difundiram a informação sem nenhuma comprovação científica de que 63% das mulheres sofrem de algum tipo de disfunção sexual cujo tratamento pode ser feito com testosterona e sildenafila, que são os mesmos componentes do medicamento para a impotência sexual.

No Brasil, a Boehringer anunciou em junho o desenvolvimento do Flibanserina, um medicamento para as mulheres que não têm desejo sexual. A indústria adiou ou desistiu do lançamento do remédio porque naquele mesmo mês a FDA (agência reguladora dos Estados Unidos) divulgou que o “Viagra feminino” é desprovido de qualquer eficácia.

Recentemente, a Pfizer disse à Folha de S.Paulo que, de fato, fez testes com o Viagra para o “tratamento de disfunções sexuais femininas”, mas os resultados até agora são “inconclusivos”.

A Boehringer garantiu ao jornal que seus medicamentos são desenvolvidos de acordo “com os protocolos dos órgãos reguladores”.

A patente do Viagra, desenvolvido pela Pfizer, recentemente passou a ser de domínio público, e já existe à venda o genérico do remédio.

O medicamento era o mais lucrativo da indústria.

Com informação da Folha e da British Medical Journal.

> Planta de poema de Bernardo Guimarães tem poderes de Viagra.

Comentários

Eu tenho aqui comigo e já comecei a ler várias vezes "O Mal-Estar na Procriação", de Marie Magdeleine Châtel, uma obra justamente sobre como o sexo se tornou algo "doente" justamente aos olhos de nossa sociedade liberalizada. Em vez de simplesmente romper os velhos tabus, nós nos apressamos a criar outros tão opressores quanto eles, tabus baseados em papeis, em obrigações, em negações, em auto-imagem, etc. A autora conclui que esses tabus impedem uma sexualidade saudável (e deve ser dela que o Pondé extraiu a frase de que "meus avós trepavam melhor" porque ela diz algo equivalente, mas muito mais elegante).

É um livro complexo, apesar de fininho, e me intimida ler, porque a autora é cortante e complexa. Châtel (se ainda estiver viva, certamente sorriria de ler essa notícia).
Muito bom parabéns

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'Quando saí [do  convento], era como eu  tivesse renascido' Elizabeth Murad (foto), de Fort Pierce (EUA), lembra bem do dia em que saiu do convento há 41 anos. Sua sensação foi de alívio. Ela tocou as folhas de cada árvore pela qual passou. Ouviu os pássaros enquanto seus olhos azuis percorriam o céu, as flores e grama. Naquele dia, tudo lhe parecia mais belo. “Quando saí, era como se eu estivesse renascido”, contou. "Eu estava usando de novo os meus sentidos, querendo tocar em tudo e sentir o cheiro de tudo. Senti o vento soprando em meu cabelo pela primeira vez depois de um longo tempo." Ela ficou 13 anos em um convento franciscano de Nova Jersey. Hoje, aos 73 anos, Elizabeth é militante ateísta. É filiada a uma fundação que denuncia as violações da separação entre o Estado e Igreja. Ela tem lutado contra a intenção de organizações religiosas de serem beneficiadas com dinheiro público. Também participa do grupo Treasure Coast , de humanistas seculares.

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