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Bispo sabia do vídeo de sexo, mas não afastou monsenhor

Dom Valério Breda
Bispo Breda disse que suas
informações eram nebulosas
O bispo Valério Breda (foto), 65, de Penedo (AL), sabia há um ano do vídeo que mostra o monsenhor Luiz Marques Barbosa, 82, e o ex-coroinha Fabiano Silva Ferreira, 20, fazendo sexo oral, mas não afastou o sacerdote da paróquia de Arapiraca.

Ele disse que não alertou os fiéis porque as suas informações eram “nebulosas”.

Além disso, conforme afirmou à Folha, o monsenhor “tem certa idade, e eu não queria tratá-lo como um moleque qualquer”.

Cícero Flávio Vieira Barbosa, 22, o ex-coroinha que gravou o vídeo em 2008, falou que o bispo assistiu às imagens, mas não tomou nenhuma providência para acabar com o assédio de jovens pelo monsenhor.

O bispo disse que conversou em junho com o monsenhor Barbosa, que teria, indiretamente, admitido ter pecado. Breda afirmou que naquele mês começou a tratar do afastamento do sacerdote “de forma reservada”.

Para ele, o vídeo não é um caso de pedofilia, mas de uma relação sexual entre dois adultos.

Três ex-coroinhas afirmam que sacerdotes começaram a assediá-los quando tinham cerca de 12 anos.

Breda suspendeu o monsenhor e dois outros sacerdotes somente em março, depois que o programa Conexão Repórter, do SBT, transmitiu trechos do vídeo e apresentou entrevistas com ex-coroinhas, um menor de idade e seus parentes.

O bispo afirmou que em abril ou maio de 2009 dois homens -- que seriam representantes das supostas vítimas -- tentaram chantageá-lo com o pedido R$ 1 milhão para não divulgar as imagens. “Eu não aceitei.”

Ele não explicou o motivo de não ter chamado a polícia para prender os supostos chantagistas.

O ex-coroinha Barbosa negou ter havido tentativa de extorsão. Disse que Breda ofereceu R$ 50 mil pelo vídeo e que, depois, foi feito um acordo de cala-boca com o monsenhor no valor de R$ 32.250.

“A história ia ter um ponto final, mas começamos a receber ameaças de morte”, afirmou o ex-coroinha.

A CPI da Pedofilia, quando esteve em Arapiraca, no fim de semana, convidou Breda a ajudar no esclarecimento das denúncias, mas ele não compareceu.

O padre Edilson Duarte, 43, um dos sacerdotes acusados de pedofilia, disse na CPI que o apelido do monsenhor Barbosa é “Simone”, o do monsenhor Raimundo Gomes, “Mônica”, e o de dom Valério Breda, “Vera Fischer”.

Caso dos padres pedófilos de Arapiraca.    Casos de padre pedófilo.

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