A jovem sofria de uma doença degenerativa grave que enfraquece os músculos, mas o pastor falava que ela tinha sido curada. A moça dizia que ainda estava com a doença, com a miastenia, e então o pastor um dia foi duro: disse que ela não tinha fé suficiente em Deus. Fé, a jovem tinha, tanto que, depois daquela advertência, parou de tomar remédio -- e a doença piorou. As pernas delas chegaram a perder os movimentos. A mulher teve de voltar aos medicamentos.
Casos como esse levaram a jornalista e evangélica Marília de Camargo César (foto), 44, a escrever o livro “Feridos em nome de Deus” (editora Mundo Cristão), onde faz o alerta de que existem pastores que estão se intrometendo demais na vida dos fiéis, cometendo o que ela chama de abuso espiritual e emocional.
Marília não generaliza, diz que há pastores conscientes da importância de seu papel como orientador espiritual, mas lamenta que uma significativa parcela deles não tem boa formação bíblica, ética e cultural. E o resultado é que os fiéis acabam se tornando reféns da estupidez.
Além de frequentar uma religião evangélica por dez anos, Marília, para escrever o livro, entrevistou pessoas “feridas” por esses tiranos da religião. Falou também com pastores isentos, psicólogos, filósofos e sociólogos.
Ela concluiu que pastores de igrejas neopentecostais estão se apresentando com “ungidos”, como mediadores entre os fiéis e Deus, como os profetas descritos no Velho Testamento. Daí decorrem as intromissões inaceitáveis, porque, disse, o único mediador é Cristo, de acordo com o Novo Testamento.
Em entrevista à Época, a jornalista falou sobre um caso tão frequente quanto revoltante, o de uma mulher que, ao procurar aconselhamento por estar apanhando do marido, ouve do pastor que ela deve estar fazendo algo errado, que ela precisa mudar de comportamento para que o seu companheiro não se sinta diminuído.
Marília observou que há pastores que decidem onde os fiéis devem trabalhar, com quem devem namorar e por aí diante. E os pastores estão gostando disso, disse.
> Pastor engravida menina e afirma: ‘Foi promessa de Deus’.
junho de 2009
Casos como esse levaram a jornalista e evangélica Marília de Camargo César (foto), 44, a escrever o livro “Feridos em nome de Deus” (editora Mundo Cristão), onde faz o alerta de que existem pastores que estão se intrometendo demais na vida dos fiéis, cometendo o que ela chama de abuso espiritual e emocional.
Marília não generaliza, diz que há pastores conscientes da importância de seu papel como orientador espiritual, mas lamenta que uma significativa parcela deles não tem boa formação bíblica, ética e cultural. E o resultado é que os fiéis acabam se tornando reféns da estupidez.
Além de frequentar uma religião evangélica por dez anos, Marília, para escrever o livro, entrevistou pessoas “feridas” por esses tiranos da religião. Falou também com pastores isentos, psicólogos, filósofos e sociólogos.
Ela concluiu que pastores de igrejas neopentecostais estão se apresentando com “ungidos”, como mediadores entre os fiéis e Deus, como os profetas descritos no Velho Testamento. Daí decorrem as intromissões inaceitáveis, porque, disse, o único mediador é Cristo, de acordo com o Novo Testamento.
Em entrevista à Época, a jornalista falou sobre um caso tão frequente quanto revoltante, o de uma mulher que, ao procurar aconselhamento por estar apanhando do marido, ouve do pastor que ela deve estar fazendo algo errado, que ela precisa mudar de comportamento para que o seu companheiro não se sinta diminuído.
Marília observou que há pastores que decidem onde os fiéis devem trabalhar, com quem devem namorar e por aí diante. E os pastores estão gostando disso, disse.
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junho de 2009
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