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Em Zurique, Testemunhas de Jeová discutem o fim do mundo, que será 'em breve'

Seguidores da seita
acreditam que eles
serão poupados no
final dos tempos

Neste final de semana, 9200 testemunhas de Jeová da Suíça reuniram-se em Zurique. O principal tema do encontro foi o fim do mundo, que eles acreditam estar próximo.

A seita tem cerca de 30 mil membros na Suíça — 212 novos adeptos foram batizados este ano. A crise econômica estaria abrindo novas portas.

Durante o congresso no ginásio de esportes Hallenstadion de Zurique, de sexta-feira a domingo, as testemunhas de Jeová evitaram anunciar uma data para o fim do mundo, mas mostraram-se convictos de que ele virá "muito em breve".

A renúncia a fixar uma data tem um motivo: as previsões anteriores do grupo religioso de que o mundo acabaria em 1914, 1925 e 1975 não se confirmaram.

Os organizadores não tiveram muito trabalho para os três dias de congresso: as testemunhas de Jeová não precisam de um diversificado programa cultural ou infantil, bandas ou corais para incrementar seus encontros.

"Conscientemente não queremos oferecer nada. Estamos aqui para sermos doutrinados", disse o porta-voz da seita na suíça, Hans Jossi, à agência de notícias SDA. Segundo ele, o sentido do evento é o ensinamento da Bíblia.

Houve 47 discursos profundamente sérios e religiosos durante o congresso, que, segundo Jossi, é o principal evento do ano para as testemunhas de Jeová na Suíça.

Ele explicou que a intenção dos discursos era dar aos adeptos "força para resistir" até chegar o dia em que a atual ordem mundial, com suas "propriedades corruptas" e "sistemas estragados", seja substituída pelo reino de Jeová — com as testemunhas de Jeová como "feliz multidão dos sobreviventes".

Essa "feliz multidão" conta há anos com 30 mil membros na Suíça – também a atual crise econômica não fez crescer esse número. Segundo Jossi, nota-se, porém, que em muitas pessoas despertou o interesse por questões religiosas. "As pessoas se tornaram mais sensíveis e abertas a outros valores."

Isso estaria sendo percebido no trabalho diário das testemunhas, que muitas vezes batem à porta sem sucesso. "Agora somos convidados com muito mais frequência a entrar nas casas para uma conversa do que em bons tempos", disse Jossi à SDA. As incertezas geradas pelas crise econômica teriam possibilitado algumas conversas.

Neste fim de semana, 22 novos membros foram batizados, mergulhando numa piscina instalada no meio do ginásio Hallenstadion. Desde o início do ano, 212 novas testemunhas de Jeová foram batizadas na Suíça.

Com swissinfo.ch e agências.



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