Levantamento do Laboratório de Análise da Violência da Universidade Estadual do Rio de Janeiro confirma que o índice de homicídios de adolescentes brasileiros é um dos mais elevados do mundo.
O IHA (Índice de Homicídio na Adolescência) médio do Brasil é de 2,03. Isso significa que, de cada 1 mil adolescentes, 2,03 serão vítimas de morte violenta.
Em parceria com a Unicef, a Uerj colheu os dados em 267 municípios sobre as causas de mortes entre jovens de 12 a 19 anos em cidades com mais de 100 mil habitantes.
A cidade campeã é Foz do Iguaçu (PR), com IHA de 9,7. Ou seja, a cada 1 mil adolescentes, quase 10 são assassinados por ano.
Governador Valadares (MG) está em segundo lugar, como 8,5, e Cariacica (ES) em terceiro, com 7,3.
Tida pelo noticiário como uma das cidades mais violentas do Brasil, o Rio está na 21ª posição, com 4,0 de IHA. São Paulo ocupa o 151º lugar, com 1,4 – bem abaixo, portanto, da média brasileira.
O estudo mostra que, para os homens, a probabilidade de morrer por homicídios é 12 vezes maior em relação às mulheres.
Os riscos de os jovens negros morreram por violência são o dobro em relação aos brancos, na média do país.
Em Rio Verde (GO), registrou-se a maior probabilidade: lá, as chances de os adolescentes negros serem mortos por violência são 40 vezes maior do que os brancos da mesma faixa etária.
Pelo levantamento, cujos dados são de 2006, os homicídios respondem por 46% das mortes entre os jovens. Do total de óbitos, 26% foram por causas naturais, 22% por acidentes, 3% de suicídios e 3% de causas indefinidas.
Divulgados nesta terça (21) pela Secretaria Especial de Direitos Humanos, o levantamento estima que o total de jovens assassinados nos período de 2006 a 2013 chegue a 33.504.
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