A queda do mito de que a vasectomia dá impotência como efeito colateral é um dos fatores que têm levados homens casados e solteiros a recorrer à esterilização.
Levantamento do Ministério da Saúde mostra que os homens a partir de 40 anos passaram a procurar mais a vasectomia, em relação aos que se encontram na faixa dos 30 anos. Aqueles representavam 19,4% do total e subiram para 24,6% no período.
Pela lei brasileira, para se submeter à esterilização é preciso ter mais de 25 anos de idade ou ser pai de pelo menos dois filhos. Após a primeira consulta com o médico, a cirurgia tem de ser marcada no mínimo com dois meses de antecedência, de modo que o paciente tenho tempo para desistir.
O fato de a taxa de esterilização entre os homens de mais idade estar se elevando revela que eles passaram a assumir a responsabilidade pelo planejamento familiar, não deixando só por conta das mulheres o uso de contraceptivos.
Homens divorciados recorrem à cirurgia, na maioria dos casos, para evitar o risco de ter mais filho em um novo e eventual casamento, contrariando, muitas vezes, a expectativa da parceira. Recentemente, a Folha publicou reportagem sobre mulheres que reclamam da dificuldade de encontrar homens que querem ter filho.
A vasectomia é reversível, mas não em todos os casos. A taxa de êxito varia de 30% a 75%. De modo geral, quanto mais tempo tiver a esterilização mais difícil será a recuperação da inseminação.
Mulheres 'caçam' homens que queiram ser pai