A nutricionista Fernanda Lefiaux, casada com um francês, embarcou ontem (terça, 2) para Paris com o filho Rafael de um ano. Ela deveria ter viajado no voo 447 da Air France no domingo, no avião que se desintegrou sobre o Atlântico.
Ela só não viajou naquele dia porque a sua família brasileira insistiu que ficasse mais dois dias, para comemorar no domingo o aniversário do menino. “Não sei o que explicar. Acho que foi a mão de Deus que me salvou”, disse aos jornalistas.
O caso da manicure Renata Cristina da Cruz (foto) é parecido. Ela mora em Portugal e já tinha comprado passagem para o voo de domingo, mas o seu pai pediu que ficasse mais um pouco. Quando soube do desaparecimento do avião, ficou em pânico e chorou. “Foi difícil acreditar no que tinha acontecido."
Neide Viana também mora em Portugal, onde é empregada doméstica. Ela estava no Brasil de férias e a sua patroa tinha lhe comprado passagem de volta no voo 447. "Como eu só tinha de voltar a trabalhar no dia 3, pedi para ficar um dia a mais, e ela concordou".
A pedagoga Janaína Silva desistiu do embarque no domingo porque um voo posterior ia lhe custar R$ 1 mil a menos. Ela perdeu dois amigos que estavam no 447.
O italiano Omar Zagnoli mora em Vila Velha (Espírito Santo) com a mulher e dois filhos – os três brasileiros. Ele tinha marcado para viajar com a família no domingo, mas deixou para segunda-feira, dia do aniversário de sua mulher. “Resolvi fazer uma surpresa para ela”, falou. E ficou vivo para contar essa história.
> Pessoas que deixaram de embarcar no voo 447 da Air France.
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