A camelô Benigna Leguizamón (foto), 27, acusou ontem (segunda, 22) Fernando Lugo, presidente do Paraguai, de ter sido estuprada por ele na época em que era bispo da Província de San Pedro. Ela é uma das três mulheres que afirmam ter filho com o ex-sacerdote da Igreja Católica. Outras mulheres também teriam tido filho com o então bispo, mas elas não querem se expor à imprensa.
“A primeira vez que tivemos relações, Fernando Lugo me violou”, disse Benigna em entrevista a uma emissora de rádio de Ciudad Del Este.
Ela contou que em 2001, quanto tinha 17 anos, procurou o então bispo para obter ajuda da igreja porque estava em dificuldade por causa do nascimento de seu primeiro filho, de outro pai. Lugo lhe teria dado alguns afazeres na sede episcopal.
Ela disse que um dia o bispo mandou um motorista buscá-la em casa. “O Fernando Lugo estava me esperando em seu quarto. Quando entrei, a porta foi trancada, e ele me obrigou a deitar com ele. Eu resisti, tentei pedir ajuda, mas havia uma música forte e não havia ninguém por perto. Ele me tomou à força, me violou.”
Benigna está recorrendo à Justiça para que Lugo assuma a paternidade do menino L.F., de 6 anos, que foi concebido quando o relacionamento sexual entre os dois passou a ser consensual.
Ela disse que decidiu agora falar sobre o estupro pelo fato de o Lugo (foto) estar resistindo em assumir a paternidade do menino para não ter de pagar pensão. Por ordem da Justiça, o ex-bispo vai ter de se submeter a um exame de DNA.
As informações são da agência ANSA e do jornal La Nación, do Paraguai.
Em outra entrevista, Benigna disse que, após o nascimento do menino, ela, que é muito religiosa, contou a um padre o que tinha ocorrido, em um confessionário. Segundo ela, o padre a condenou ao inferno pelo pecado cometido.
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