Da Agência Brasil
Eliana Tranchesi (foto), dona da loja de produtos de luxo Daslu, uma das mais famosas do país, foi presa pela Polícia Federal na manhã de hoje (26) em São Paulo.
A PF cumpriu mandato de prisão em razão da empresária ter sido condenada pela 2ª Vara Criminal de Guarulhos. Eliana foi levada para a Penitenciária Feminina do Carandiru, na zona norte da capital paulista.
A sentença é de 94 anos e seis meses de prisão. A informação foi dada pelo procurador do Ministério Público Federal Matheus Baraldi Magnani.
> ATUALIZAÇÃO em 27/3/2009 – Concedido habeas corpus: o ministro Og Fernandes do STJ (Superior Tribunal de Justiça) concedeu liminar revogando a prisão preventiva de Eliana Tranchesi, seu irmão Antonio Carlos Piva de Albuquerque e outras cinco pessoas que foram presas por determinação da 2ª Vara Federal Criminal de Guarulhos Segundo Fernandes, os fundamentos utilizados na decretação desta prisão preventiva foram os mesmos utilizados na preventiva decretada em 2006, e que foi rejeitada pela Sexta Turma do STJ. A informação é do site do STJ.
Ela foi condenada pelos crimes de formação de quadrilha, descaminho (importação irregular) consumado e tentado e falsidade ideológica.
Na mesma sentença, a Justiça condenou outras seis pessoas. Uma delas é Antonio Carlos Piva de Albuquerque, irmão de Eliana e ex-diretor financeiro da Daslu, que teve a mesma pena da empresária, de 94 anos e seis meses. Os demais condenados são Celso de Lima (53 anos), André de Moura (25), Rodrigo Nardy Figueiredo (11,5 anos), Roberto Fakhouri Junior (11,5 anos) e Christian Polo (14 anos).
Magnani afirmou que Eliana e os demais condenados não poderão recorrer em liberdade. Na avaliação do MPF, a sentença da juíza Maria Isabel do Prado imputa o reconhecimento da existência de uma organização criminosa e a reiteração dos crimes já cometidos, o que impede o recurso em liberdade.
Segundo ele, a fraude com importações em Guarulhos, denunciada pela Operação Narciso em 2005, se repetiu em Itajaí, Santa Catarina.
A advogada Joyce Roysen, da empresária, afirmou que não procede a argumentação do Ministério Público Federal. Disse que não houve reiteração do crime no episódio ocorrido em Itajaí porque o fato "é contemporâneo ao caso de Guarulhos".
Joyce entrou com pedido de revogação da prisão e um de habeas corpus para a soltura da empresária.
Nos pedidos, a advogada expôs os problemas de saúde enfrentados pela empresária, que, segunda ela, sofre de câncer de pulmão e recentemente foi diagnosticada metástase da doença, nos pulmões e nos ossos.
"Temo pela saúde de minha cliente. Ela recentemente recomeçou o tratamento de quimioterapia e necessita de cuidados médicos. Na prisão, ela pode entrar num quadro de infecção que pode levá-la à morte." (Com G1 e Agência Estado)
> Dona da Daslu não se livra de acusação de ter formado bando. (fevereiro de 2008)
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