Da Agência Brasil:
“Embora as mulheres representem a maioria da população brasileira, pesquisa divulgada hoje (6) pelo Ministério da Saúde revela que o índice de mortes entre os homens é maior. De acordo com dados da publicação Saúde Brasil 2007, de um total de 1.003.350 óbitos ocorridos em 2005, 582.311 eram pessoas do sexo masculino (57,6%).
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< O Dia da Morte, de William-Adolphe Bouguereau (1825-1905)
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A principal causa registrada, segundo a pesquisa, foram as doenças isquêmicas do coração – grupo que inclui o infarto –, responsáveis por 49.128 homens morreram. As doenças cerebrovasculares seguem em segundo lugar no ranking, com 45.180 óbitos, seguidas pelos homicídios, com 43.665.
O estudo destaca que a prevalência de mortes em pessoas do sexo masculino se repete em todas as regiões do país.]
De acordo com o diretor do Departamento de Análises de Situação de Saúde (Dasis) do Ministério da Saúde, Otaliba Libânio, as mulheres têm um risco de morte 40% menor do que o dos homens. Além das doenças, ele ressalta o efeito da violência, já que 90% dos óbitos por homicídios são de homens. “Isso altera um pouco o risco de morrer do homem para pior”, disse.
A morte prematura dos homens é um dos dados do estudo que preocupa o ministério, segundo o diretor. “Pode ser conseqüência da violência mas também tem a questão de que o homem vai menos à unidade de saúde, ele se preocupa menos com a saúde, então isso tem que ter uma política de saúde voltada para o homem, que é uma das prioridades também do ministério [da Saúde] nesse momento”, completou.
Dentre as principais tendências de mortalidade para os homens apontadas pela pesquisa no período entre 1980 e 2005, as doenças do aparelho circulatório (doença cardiovascular, doenças isquêmicas e cerebrovasculares), as causas externas (homicídios e acidentes de transporte) e as neoplasias (cânceres de traquéia, brônquio, pulmão, próstata e estômago) são as que mais mataram mais homens de15 a 59 anos de idade.
A base de informações utilizada na publicação foi o Sistema de Informações de Mortalidade do Ministério da Saúde, que capta os óbitos ocorridos no país dentro ou fora de ambiente hospitalar e com ou sem assistência médica. De acordo com o ministério, a tendência de morte não varia muito em um curto período de tempo e as informações refletem a atual situação da mortalidade no país.
Em 2005, o sistema registrou 1.006.827 óbitos em todo o país – um índice de 5,5 mortes por mil habitantes. A base populacional utilizada foi a estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para o ano de 2005, 184.184.074 habitantes.” (Paula Laboissière, com colaboração de Ana Luiza Zenker)
> Brasil envelhece com mais rapidez do que se previa. (julho de 2008)
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