“Começou do nada”, diria depois R.A.F, de 13 anos.
No domingo (28), a menina levou pauladas na cabeça, nas costas, nas mãos, no rosto, nos seios. E foi mordida por todo o corpo. Ela foi vítima de um animal enfurecido: a sua própria mãe, a diarista Patrícia, 33.
A garota sofria violência havia pelo menos dois anos, principalmente quando a sua mãe voltava bêbada para casa, como toda a vizinhança daquele bairro da periferia de Aparecida de Goiânia (GO) sabia muito bem: não dava para não escutar os gritos da garota quando ela levava surra. Se R. tentasse fugir, o pau descia mais pesado.
Só que desta vez um casal – veja só – que nem morava por perto ficou sabendo das agressões e tomou a iniciativa de denunciar a Patrícia à polícia. Um casal de anjos da guarda, pode-se dizer.
A mãe foi presa em flagrante no domingo à noite. Na delegacia, a fera ficou amuada, mas houve quem relatasse que ela batia também em sua mãe, uma senhora idosa e doente, entravada na cama.
O servente de pedreiro J. B. F. F., 35, pai da menina, disse que tentou obter a guarda dela várias vezes, mas Patrícia não permitia. A própria R. pedia para morar com o pai, mas desistiu quando passou a ser ameaçada de morte pela mãe. “Eu te mato com esta faca!”
Provavelmente Patrícia não atendia ao ex-marido porque era menina que cuidava da casa, da avó doente e do irmão de dois anos.
A garota agora está com o pai, que nunca lhe bateu. O seu irmão, cujo pai é outro, foi mandado para um abrigo e a mulher doente, encaminhada para um asilo. Patrícia continua engaiolada.
O servente esteve casado com Patrícia durante sete anos e faz oito que estão separados. Contou à polícia que a sua ex-mulher sempre foi violenta.
Ele não tem dúvida: “Ela não é mãe, é um monstro”.
> Mãe bate mais em filho; pai é mais truculento. (setembro de 2008)
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