Pular para o conteúdo principal

Coronel da invasão já admite que pode ter havido engano

image O coronel Eduardo José Félix (foto) não está conseguindo sustentar a versão de que o Gate (Grupo de Ações Tática Especial) invadiu o apartamento onde estavam reféns as adolescentes Eloá Pimental e Nayara Rodrigues Silva depois que o seqüestrador Lindemberg Alves ter feito um disparo.

Nesta quinta (23), ele disse que não mudou ‘uma vírgula’ em seu depoimento à Polícia Civil em relação ao que vinha dizendo, mas, veja só, afirmou não haver problema se tiver de admitir que seus soldados cometeram um engano.

Só que esse engano, caso fique confirmado, fez com que o transloucado Lindemberg disparasse uma bala na virilha e outra na cabeça de Eloá, 15, sua ex-namorada, matando-a, e outro no rosto de Nayara, 15.

Exceto dois vizinhos e quatro soldados e o próprio Félix, ninguém diz ter ouvido o disparo que teria precedido o arrobamento pelo Gate da porta do apartamento.

Nayara, Lindemberg, jornalistas que estavam no local e pelo menos dois peritos que analisaram as gravações da tv afirmam não ter havido nenhum estampido antes da fracassada operação.

Na próxima semana, será realizada a reconstituição do crime provavelmente com a participação de Nayara e de Lindemberg.

Félix vai ter de se explicar também ao Ministério Público por que bobeou ao permitir que Lindemberg tomasse Nayara de refém depois que o rapaz a libertou.

O seqüestrador teria feito a exigência de que a adolescente participasse da negociação e o coronel aceitou. Nayara teria de apenas se aproximar do apartamento e conversar com Lindemberg pelo telefone, mas o rapaz, com um revólver apontando para a cabeça de Eloá, obrigou-a a entrar.

É possível que Félix tenha decidido pela invasão para reparar esse erro. Como havia a possibilidade de o Lindemberg matar as duas adolescentes, o coronel, nesse caso, seria o responsável, ainda que indiretamente, pela morte de Nayara.

Se foi isso, ao tentar corrigir um erro, o coronel Félix cometeu outro.

> Caso Eloá Pimentel.

Comentários

Anônimo disse…
Esse caso vai ser uma sucessão de contradições e acusações. Talvez nem seja totalmente esclarecido, o que será absurdo.

Abraços e ótimo final de semana

Post mais lidos nos últimos 7 dias

90 trechos da Bíblia que são exemplos de ódio e atrocidade

Veja 14 proibições das Testemunhas de Jeová a seus seguidores

Historiador católico critica Dawkins por usar o 'cristianismo cultural' para deter o Islã

Jesus não é mencionado por nenhum escritor de sua época, diz historiador

'Sou a Teresa, fui pastora da Metodista e agora sou ateia'

Pastor Lucinho organiza milícia para atacar festa de umbanda

Ex-freira Elizabeth, 73, conta como virou militante ateísta

'Quando saí [do  convento], era como eu  tivesse renascido' Elizabeth Murad (foto), de Fort Pierce (EUA), lembra bem do dia em que saiu do convento há 41 anos. Sua sensação foi de alívio. Ela tocou as folhas de cada árvore pela qual passou. Ouviu os pássaros enquanto seus olhos azuis percorriam o céu, as flores e grama. Naquele dia, tudo lhe parecia mais belo. “Quando saí, era como se eu estivesse renascido”, contou. "Eu estava usando de novo os meus sentidos, querendo tocar em tudo e sentir o cheiro de tudo. Senti o vento soprando em meu cabelo pela primeira vez depois de um longo tempo." Ela ficou 13 anos em um convento franciscano de Nova Jersey. Hoje, aos 73 anos, Elizabeth é militante ateísta. É filiada a uma fundação que denuncia as violações da separação entre o Estado e Igreja. Ela tem lutado contra a intenção de organizações religiosas de serem beneficiadas com dinheiro público. Também participa do grupo Treasure Coast , de humanistas seculares.

Só metade dos americanos que dizem 'não acredito em Deus' seleciona 'ateu' em pesquisa

Música gravada pelo papa Francisco tem acordes de rock progressivo. Ouça