A The Economist traz uma reportagem inesperada sobre o Brasil, que costuma ser retratado pela imprensa estrangeira como país de muita violência urbana.
Pois a revista britânica afirma que o Brasil “já não é mais tão violento como se pensava”. “O número de homicídios do país está caindo e parte das melhorias se deve à queda abrupta dos índices registrados em São Paulo, o estado mais populoso do Brasil”.
Em época de campanha eleitoral, tais palavras soam como música aos ouvidos dos tucanos, especialmente aos do Geraldo Alckmin, candidato a prefeito.
Foi no governo do PSDB, a começar com o de Geraldo Alckmin e continuando agora, no de José Serra, que houve queda nos índices de violência.
A revista informa que houve também recuo da violência no Rio, onde a taxa de homicídio caiu de 64 para cada cem mil habitantes nos anos 90 para 39 em 2007.
Registrou-se ainda – diz – declínio “no número de mortes envolvendo a polícia de São Paulo".
Para The Economist, a incidência de violência tem recuado principalmente por causa do maior controle de posse de armas por parte do governo federal, o que ocorre desde 2003.
Diz: “Quando se pergunta aos estrangeiros o que lhes vêm à cabeça quando pensam no Brasil, a imagem de um garoto armado calçando chinelos de dedo não fica atrás das piruetas dos jogadores de futebol e das dançarinas do carnaval em seus biquínis enfeitados com lantejoulas”.
Para The Economist, esse estereótipo pode estar mudando.
Observo que nem sempre o que está expresso nas estatísticas se reflete na impressão que as pessoas têm da realidade. E no que diz respeito ao menos ao Rio, a sensação é de que a violência está recrudescendo.
Faltou a revista dizer, por exemplo, que em alguns morros do Rio a polícia só entra atirando para tudo quanto é lado. Morros que são territórios em poder dos bandidos, e, lá, neste momento, políticos só fazem campanha com autorização dos chefes do tráficos.
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