João Luciano Ferreira Júnior, cadeirante de 39 anos, morreu esta manhã, no Hospital Odilon Behrens, de Belo Horizonte (Minas).
Na quarta-feira (20), ele entrou em uma sala de professores da Faculdade de Letras, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), da qual era ex-aluno, e deu dois disparos em direção à professora de alemão e aluna de mestrado Polyana Costa Arantes, 25, e um contra a sua cabeça.
Nenhum tiro acertou Polyana. Aparentemente, Ferreira não tinha intenção de matá-la. Um tiro foi no chão e o outro, em um computador, perto da professora.
Ferreira tinha um amor platônico e obsessivo por Polyana, a quem assediava. Sabia de tudo da vida dela, endereço, número da chapa do carro, telefone. Ligava para ela todos os dias. Um dia, ligou 16 vezes. Em sua cadeira de rodas, havia o desenho de uma figura que lembrava Polyana.
Alguns relatos sobre sua obsessão são constrangedores, como o de que ele guardou o que sobrou de uma maça comida pela moça. Ele colecionava fios de cabelo da professora.
Quando Ferreira invadiu a sala, ele pediu que todos professores saíssem, menos Polyana. Entre os dois houve um rápido e tenso diálogo.
Antes de dar o tiro em sua cabeça, Ferreira perguntou a Polyana se ela tinha idéia do que é sentir-se desprezado.
Uma bala de revólver calibre 32 entrou pelo lado direito do seu crânio e saiu pelo esquerdo. Antes, a moça pediu que para que ele não fizesse aquilo, "pelo amor de Deus”.
Ele foi internado em coma e sem esperança de vida, Polyana ficou em estado de choque e houve pânico na faculdade.
O corpo foi enviado ao IML (Instituto Médico Legal).
Comentários
Que tristeza.
Abraços,
Débora Martins
Atoa não foi.
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