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Pai e madrasta de Isabella são presos; tumulto na delegacia

Ao final da tarde de ontem, o juiz Maurício Fossen, da 2ª Vara do Júri do Fórum de Santana, decretou a prisão preventiva de Alexandre Nardoni, pai de Isabella, e de Anna Carolina Jatobá, madrasta.

O juiz aceitou na íntegra a denúncia (acusação) apresentada pelo MP (Ministério Público) contra Alexandre e Anna Jabota, apontados como autores do assassinato da menina de cinco anos.

Na noite de 29 de março, ela foi espancada, esganada, asfixiada e jogada pela janela do apartamento do seu pai, no sexto andar, em um edifício na zona norte de São Paulo, região de classe média.

Com base nas investigações policiais e em laudos de perícias, o MP concluiu que quem esganou a menina foi Anna Jatobá e quem a jogou de uma altura de cerca de 15 metros foi o pai. No entender do MP, nenhum deles executou o papel de co-autoria. Os dois são igualmente autores do crime.

Ontem, Alexandre e Anna Jatobá foram presos em Garulhos, no apartamento do pai dela.

Em viaturas separadas, eles foram conduzidos algemados pela polícia ao 9º Distrito Policial (zona norte de São Paulo), onde chegaram por volta das 23h para serem notificados sobre o termo de cumprimento da prisão preventiva. Cerca de 700 pessoas se aglomeravam no DP. Houve tumulto. O casal teve de ser protegido por policiais para que não fosse agredido.

Antes, na saída do apartamento em Garulhos, a polícia teve de conter cerca de mil pessoas que ali se aglomeram logo que foi divulgada a notícia da prisão preventiva. Houve ameaça de invasão da garagem do edifício, e a polícia teve de usar gás de pimenta contra a multidão.

Pela manhã, os portais divulgaram a opinião de especialistas em direito penal segundo a qual o juiz Fossen não decretaria a prisão do casal porque o promotor Francisco Cembranelli, em sua denúncia, não teria conseguido provar com consistência que Alexandre jogou a menina pela janela com o propósito de ocultar outro crime, o da asfixia.

Mas ao final da tarde saiu a decisão do juiz, que fez um comentário contundente: “[Alexandre e Anna são] pessoas desprovidas de sensibilidade moral e sem um mínimo de compaixão humana".

Depois de serem notificados no 9º DP, aos 15 minutos da madrugada desta quinta, no mesmo veículo policial, na parte detrás, Alexandre e Anna foram encaminhados ao IML (Instituto Médico-Legal), para exames de praxe e obrigatórios.

Em seguida, Alexandre seria encaminhado para a cadeia do 13º DP (Casa Verde), em cela destinada a quem tem curso universitário, e Anna, para 89º DP (Morumbi) ou 97° DP (Vila Guarani).

O advogado Marco Polo, da defesa, informou que nesta quinta, se possível ainda pela manhã, encaminhará à Justiça pedido de habeas-corpus, de modo que o casal possa responder em liberdade a ação penal aberta ontem contra eles.
O promotor Francisco Cembranelli não acredita que o casal obtenha o habeas-corpus. Para ele, se os réus ficarem em liberdade o julgamento dos dois poderá demorar de cinco a seis anos por causa dos recursos protelários previstos em lei.

O promotor estima que até o final deste ano Alexandre e Anna sejam submetidos a um júri, desde que mantidos presos. "Espero que o Poder Judiciário aja neste momento. A sociedade espera isso."
As informações deste post são de emissoras de tv e de portais.

No camburão a caminho do IML

> Para juiz, "casal não tem o mínimo de compaixão humana". (G1)

> Íntegra da decisão do juiz.

> Íntegra da denúncia (acusação) e do pedido de prisão apresentado pelo Ministério Público.

> Pai de Anna: "Polícia prendeu dois inocentes". (Estadão)

> Caso Isabella.

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