O destaque de hoje em todos os sites de informação é a proposta de US$ 44,6 bilhões da Microsoft para incorporar a Yahoo! A direção da Yahoo! disse que vai avaliar cuidadosamente a proposta, mas é quase certo que o negócio será fechado nos próximos dias. A empresa do Bill Gate já avisou que não aceita um não como resposta.
A Yahoo tem excelentes serviços, como o seu webmail, que melhorou muito no último ano, mas a empresa tem sido eclipsada pela competência e agilidade da Google, que se agigantou de um dia para outro. E enquanto os “goolgemaníacos” se proliferam, a Yahoo! amarga dificuldades de gestão e financeira. Recentemente, anunciou que vai demitir mil funcionários.
A Microsoft tem o domínio absoluto no mercado de sistema operacional (leia-se Windows), mas como empresa de serviços on-line vem patinando, na rabeira do Google e do Yahoo. No último ano, teve de melhorar o Hotmail, cujo desempenho perdia feio para o Gmail, do Google, e para o Yahoo! Mail.
O serviço de busca da Microsoft a rigor nunca emplacou. O do Yahoo chegou a ter a hegemonia, mas aí surgiu o furação Google.
Nos primórdios da Google, o que não faz tanto tempo, a Yahoo teve a oportunidade de comprar a então incipiente concorrente. Não o fez e cometeu o maior erro de sua até então brilhante trajetória.
A Google está ancorada em um serviço de busca de informações na internet que é o mais usado em todo em quase todo o mundo. O grosso do faturamento da empresa vem da propagada on-line, do link patrocinado, cujo mercado encontra-se em expansão.
O objetivo da Microsoft, ao comprar a Yahoo, é abocanhar uma fatia desse mercado, detendo, ao mesmo tempo, o avanço da Google.
E o objetivo da Google é pretensioso desde o começo: dominar o mundo virtual, organizando, de uma forma ou de outra, todas as informações que caírem de rede. Ah, sim, os rapazes da Google, Larry Page e Sergey Brin, também querem quebrar a Microsoft, acabando com os softs proprietários (os que rodam no computador do usuário), transferindo-os para a internet, como o Docs, uma combinação gratuita de editor de texto e de planilha que vem tentando seduzir os usuários do Word e do Excel.
A vocação do Microsoft é o soft proprietário, mas com o poder de fogo que tem e se comprar a Yhaoo!, o Google terá um concorrente igualmente agressivo e competente. Para pegar um exemplo histórico, a Microsoft em pouco tempo saiu do zero e trucidou o browser Netscape, que detinha cerca de 90% do mercado. Mas o Google não é a Netscape.
Essa briga será acirrada, aliás, nos bastidores, já está há a algum tempo, com troca de farpas. Agora, a briga vai se frontal. Os usuários só terão a ganhar.
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