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Para delegada, culpa é da menor que sofreu abuso sexual

Da Folha, por Kátia Brasil:

Responsável por investigar a atuação dos policiais que colocaram uma menina de 15 anos em uma cela com homens em Abaetetuba (PA), a delegada corregedora Liane Martins minimizou a culpa dos policiais no caso e jogou a responsabilidade para a própria garota.

"A todos os delegados ela se apresentava como maior de idade. Não acredito que eles estejam mentindo. São pessoas que têm formação", disse em entrevista à Folha.

A corregedora afirmou que os delegados foram "levados ao erro" pela adolescente -que foi abusada sexualmente durante os 26 dias em que permaneceu na cela da delegacia da cidade do Pará. Por isso, diz ela, não há motivos suficientes para a demissão dos policiais.


"Eles têm responsabilidade, alguma negligência houve, mas não é o caso de demissão. Até o momento, não." (Íntegra da notícia, só para assinante do jornal)


Comento: pois agora não só quem colocou L. na cela dos presos deve ser demitido. Essa delegada corregedora também deve ser despedida --ainda hoje-- para o bem do serviço público. O que ela disse --ainda mais por ser mulher-- é um absurdo. Foi uma tentativa torpe de legitimar a violência sexual contra a menina. Essa corregedora é de araque. Mesmo se a L. fosse maior de idade já seria inaceitável --claro!-- deixá-la com os presos. A ironia é que o Pará é governado por uma mulher, a Ana Júlia Carepa (PT), cujo discurso, veja só, é (ou era...) a defesa da mulher. Pois bem: a dona Carepa é a chefe deste bando todo, dos policiais 'negligentes' e da sra. corregedora. O que a governadora tem a fazer é dispensar essa gente, colocá-la no olho da rua. Porque, se a Carepa deixar barato, não só a L. será vítima de abuso, mas toda a sociedade brasileira. De abuso de cretinice.

Atualização: na tarde desta quarta, a Corregedoria da Polícia Civil do Pará anunciou o afastamento da corredora Liane Martins Paulino do caso. Ela caiu por causa das declarações que fez à Folha. A delegada devia ser demitida do serviço público, e não só afastada do caso. Porque, no mínimo, ela ainda não entendeu a importância do caso da menor L.
xxx

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