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Senador americano quer abrir a contabilidade das igrejas

por Cláudio Júlio Tognolli, do Consultor Jurídico

As igrejas evangélicas dos Estados Unidos estão obrigadas a abrir suas contas para averiguação dos senadores daquele país. Essa é a questão que está em debate nos EUA, depois que duas das maiores igrejas evangélicas que mantêm programas na TV — as chamadas igrejas eletrônicas — concordaram, este final de semana, em abrir suas contas, e assim se defender da alegação do senado de que “gastam suntuosamente” o dinheiro obtido da fé. Mas outras quatro igrejas pretendem ir aos tribunais na defesa do seu sigilo contábil. As informações são do site Findlaw.

A iniciativa de investigar o também chamado “tele-evangelismo” partiu do senador de Iowa, Chuck Grassley. Ele quer que as seis maiores igrejas evangélicas dos EUA revelem os salários de seus ministros, os gastos com jatinhos, com mansões, para checar se a isenção de impostos oferecida pelo governo a tais igrejas está sendo “moralmente respeitada”.

Por enquanto bateram no gabinete do senador apenas documentos do pastor Kennethe Gloria Copeland, do Texas, e da bispa Joyce Meyer. Mas duas mega organizações da Geórgia, dos pastores Creflo Dollar e Eddie Long resolveram ir na contramaré: montaram uma rede de consulta a advogados de todos os EUA, na tentativa de provar que as garantias constitucionais dadas às igrejas proíbem que o Senado as investigue dessa forma. Sustentam que não há lei nos Estados Unidos que obrigue as igrejas de abrirem o seu sigilo contábil.

Deputado gay reage aos evangélicos questionando contas das igrejas.
fevereiro de 2011

Exploração em nome de Jesus.     Isenções fiscais da Igreja.

Comentários

Unknown disse…
O Sr. Paulopes infelizmente não entende nada de religião, somente sabe atacá-la, sempre. Como tesoureiro de uma paróquia, sou totalmente favorável à clareza e lisura das contas de todas igrejas. Não entendo da legislação americana. Contudo, informo-lhe que no Brasil as igrejas de todas religiões têm de manter contabilidade regular, registrar seus funcionários, pagar tributos e contribuições s/ a folha (PIS, INSS, FGTS, etc.), a própria CPMF (ainda). Só não se paga IMPOSTO DE RENDA.
A contabilidade das igrejas é passível de fiscalização dos fiscos estaduais, municipais e federal, A QUALQUER TEMPO. Basta que os fiscais as visitem. Não existe lobby algum para que as igrejas no Brasil não sejam auditadas. É isso.
Paulo Lopes disse…
O sr. Alexandre diz que as igrejas são isentas ‘só’ do Imposto de Renda, como se isso fosse pouco. Afirma que as igrejas têm de manter uma contabilidade. Sim, claro, é de supor que elas tenham algum controle sobre o seu caixa.

Ele acrescenta que esta contabilidade está à disposição da fiscalização. Bem, eu nunca soube que os fiscais federais tenham feito, por exemplo, uma blitz em qualquer igreja, diferentemente do que há de vez em quando em outros setores da sociedade.

A contabilidade até pode estar ao alcance da fiscalização, mas que os fiscais não ousem fiscalizar, porque, se o fizerem, o governo será acusado de estar cerceando a liberdade religiosa.

O que se sabe, por iniciativa do Ministério Público, é que igrejas como a Renascer usam essa contabilidade para lavagem de dinheiro e o enriquecimento ilícito de pastores.

O curioso é que, se há tanta transparência como o sr. Alexandre tentar demonstrar, por que nenhuma das igrejas coloca sua contabilidade na internet para que todo o povo de Deus saiba do que é feito do dinheiro do dízimo?
Unknown disse…
Em resposta ao comentário do Sr. Paulo Lopes, informo que respondo por mim e não por todas igrejas no Brasil. Repito, que se há denúncia, que se averigue. E que se o Estado tiver dúvidas com o segmento religioso, cabe a ele usar seu aparato fiscal e atuar. A paróquia onde atuo está de portas abertas... Sobre a isenção do IR, se é pouco ou muita, as igrejas não são únicas beneficiárias de isenção fiscal. Quero sim complementar a informação de que entidades religiosas do estado de SP também são isentas do IPVA (mas pagam licenciamento e seguro obrigatório), o que havia esquecido. Há possibilidade de isenção do IPTU de acordo com a legislação de cada município - não é regra.
Recordo que ONGs e outros tipos de associação também conseguem isenções do tipo. E que carros velhos c/ mais de 20 anostambém não pagam IPVA. Indústrias recebem inúmeros benefícios fiscais de prefeituras (IPTU, ISS, etc.) para se instalarem em certas cidades. Sem contar com anistias fiscais a devedores... Política fiscal é abrangente e não sei se aqui o fórum é apropriado para tanto.
Mas, uma coisa é certa: para ser isento do IR, uma igreja tem de apresentar uma contabilidade em dia e destinar-se exclusivamente ao seu fim. Se, por exemplo, eu passar a vender bíblias na secretaria paroquial, ainda que a preço de custo, estarei me desviando da atividade principal (culto) e posso ser enquadrado pelos fiscos como uma livraria, sujeito a todos os impostos. Logo, apenas o culto é isento, o que não me parece demais.
Quanto à transparência, assim como na vida privada, damos satisfação à quem é devido: nossos dizimistas e paroquianos, mediante balancetes afixados na própria igreja e enviados por e-mail aos paroquianos cadastrados, acompanhados de respectivas explicações mensais. E semestralmente fazemos uma prestação de contas na igreja, aberta a todos interessados. Acho que é o bastante. Compare com as empresas: apenas as S.As de capital aberto publicam balanços. As demais, não, pois só ao controlador interessa.
Lamento que o senhor queira colocar no mesmo saco o trigo ruim com o bom. Tem gente má nas igrejas, na política, na polícia, no jornalismo, etc.
Então, um pouco mais de conhecimento de causa antes de "meter o pau a torto e direito" num segmento é muito desejável..
Paulo Lopes disse…
O sr. Alexandre fala pela paróquia dele; eu me refiro ao todo, às Igrejas, às cúpulas, ao topo da hierarquia. E não excluo a Igreja Católica, porque não existe uma igreja cujos sacerdotes tenham o monopólio das virtudes.

Evidentemente que quando critico os privilégios fiscais das Igrejas não estou acusando o sr. Alexandre e sua paróquia de nada. Não só porque não tenho prova alguma, mas porque neste enredo fiéis e colaboradores não são os vilões, mas as vítimas.

Só não entendo por que o sr. Alexandre se sentiu tão tocado pelos meus comentários se fica claro a quem mais me dirijo: às igrejas neopentecostais que se aproveitam das pessoas simples para fazer fortunas e montar impérios de empresas de comunicações. Tanto que, como exemplo, citei a Renascer, igreja (ou seita, nunca sei como me referir a essa coisa) que está metida em dezenas de encrencas judiciais.

Portanto, diferentemente do que ele diz, a minha intenção não foi de colocar no mesmo saco o trigo ruim com o bom. De certa forma é ele que, para defender um grão de trigo bom, legitima sem se dar conta sacos imensos de trigo podre.

Inicialmente, veja só, o sr. Alexandre dizia que as igrejas eram isenta ‘só’ do Imposto de Renda. Agora, informa que no Estado de São Paulo elas também estão livres do IPVA. E ainda, conforme a cidade, desfrutam da isenção do IPTU.

Observo que tais isenções, só para citar um exemplo, são um dos motivos de a Igreja Universal (outra coisa) ter milhares de ‘templos’ no Brasil para vender milagres.

Pois eu acho que já está na hora de o governo rever todas essas isenções, não só as das concedidas às igrejas, mas também as das ONGs, das associações, das empresas etc. Porque, é claro, há muita maracutaia nisso aí, ainda que o sr. Alexandre só tenha olhos para seu grão de trigo limpinho e bonitinho, e não para a lama que o rodeia.
Anônimo disse…
Não sou contra a abertura da contabilidade das igrejas. Ressalto que nós, cristãos, não devemos explicação nenhuma à sociedade (que não deixa passar uma oportunidade para nos lançar as pedras de sua hipocresia). Se for para escancarar os gastos eclesiais na ambiação sombria de encontrar grandes falcatruas para desmoralizar as igrejas em geral, que se abra. (Não obterão sucesso, como sempre.)

Efraim
efraimgf@hotmail.com
Paulo Lopes disse…
Efraim:

Acho que a contabilidade das igrejas de todos os credos deve, sim, ser exposta, colocada na internet.

Quem nada deve nada teme, não é mesmo?

Você diz que os cristãos não devem nenhuma explicação à sociedade, como se eles não fizessem parte da sociedade, como se estivessem acima dela ou sei lá onde.

Já que é assim, as igrejas deveriam abrir mão das isenções fiscais das quais desfrutam à custa da.... sociedade.

Abs.
Maria disse…
Olha, todos os segmentos da sociedade precisam ser responsáveis quanto a prestação de contas. Porém nos custa saber o que nos é cobrado via lei e não a gosto de qualquer um. Se a lei nos disser, façam... faremos. Jesus nos orientou a cumprir nossas obrigações e nós batistas a fazemos com gosto, conforme as orientações da lei: estatuto, diretoria com um Conselho Fiscal aberto, assembléias regulares e apresentação de contas para aprovação em assembléia.
Então, sr. Paulo, não nos coloque no mesmo saco que algumas denominações citadas de evangélicas fazem ou deixam de fazer. è sábio dar uma referência clara quanto ao objetivo de seus comentários.
Anônimo disse…
Sabe o que é mais irônico nessa história?

É que o político Chuck Grassley que quer abrir as contas das seitas protestantes é protestatne!

Dúvidam?

Dêem uma olhada no perfil dele no wikipédia?

http://en.wikipedia.org/wiki/Chuck_Grassley

Renato

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