Istoé desta semana publica com exclusividade trechos de relatórios da Polícia Federal sobre o caso do caixa 2 da campanha de 1998 do PSDB ao governo. O candidato do partido na época é o hoje senador Eduardo Azeredo. Com a participação de Marcos Valério, o esquema desse caixa 2 serviu de modelo para o mensalão que viria a ser usado pelo PT, no primeiro mandato do Lula.
Em reportagem de Alan Rodrigues e Hugo Marques, a revista diz que os relatórios envolvem também um ministro de Lula (Walfrido dos Mares Guia), o atual governador de Minas (o tucano Aécio Neves), deputados federais e estaduais, totalizando 159 políticos de 17 partidos, incluindo o PT.
Depois de quatro anos de investigações, a PF apurou que houve a formação de uma "organização criminosa", a mesma acusação aceita pelo STF (Supremo Tribunal Federal) aos 40 réus do mensalão. Teria havido em 1998 a arrecadação de R$ 100 milhões por intermédio de desvio de verbas de estatais e empréstimos bancários.
Istoé informa que nos próximos dias o procurador-geral da República, Antônio de Souza, apresentará ao Supremo denúncia contra os envolvidos no que tem sido chamado de “tucanoduto”.
Íntegra da reportagem.
Atualização: à Agência Estado, o senador Azeredo disse que nunca houve um “mensalão mineiro”. Pois é: os 40 réus do mensalão do PT também negam que tenham se valido de um esquema de desvio de dinheiro público. Registre-se que quando o caso mineiro veio à tona, durante as denúncias do mensalão, Azeredo era presidente do PSDB, cargo do qual ele foi convencido por seus pares a se afastar.
Faltou dizer: a Istoé tem sido acusada de estar a serviço do PT, da mesma forma que a Veja é citada como uma revista tucana. Para mim, tanto faz. Acho que as denúncias das duas revistas têm de ser apuradas.
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