Da Folha, por Andréa Michael:
O procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza (foto), 58, disse ontem considerar "muito boas as provas" que compõem o inquérito no qual é investigado o valerioduto mineiro, o suposto esquema de desvio recursos -inclusive públicos- destinados ao caixa dois da campanha em que o hoje senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) tentou se reeleger governador mineiro em 1998.
Recusou-se, no entanto, a antecipar se vai ou não denunciar o ministro Walfrido dos Mares Guia (Relações Institucionais) ao STF (Supremo Tribunal Federal). "Tudo o que disserem sobre o que eu vou ou não fazer, neste momento, é ilação. É um caso complexo, tem muitas pessoas [envolvidas], não somente essas [que aparecerem na imprensa, como Azeredo e Walfrido]", afirmou à Folha.
No relatório da Polícia Federal sobre a investigação, consta a reprodução de um documento no qual Walfrido anota a relação de gastos necessários à campanha e repasses a aliados de Azeredo -que nunca foram informados à Justiça Eleitoral.
O ministro diz que foi só um planejamento para a eleição. Mas o manuscrito registra 14 de agosto de 1998, já durante a campanha, e faz referência a pagamentos que, segundo a PF, ao menos em parte, tiveram o caixa dois como fonte.
Íntegra da reportagem (só para assinantes do jornal).
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