No país do apagão aéreo, que tem obrigado pessoas a dormirem no chão, à espera do embarque, eis uma vergonha: o aeroporto de Brasília tem cinco salas vips para as autoridades: para deputados, senadores, ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), ministros do STJ (Supremo Tribunal de Justiça) e funcionários do Ministério das Relações Exteriores e autoridades estrangeiras. O site Contas Abertas apurou que os gastos com as cinco salas superam a R$ 1 milhão por ano –só de aluguel, o valor é de R$ 402,3 mil.
Admito que haja necessidade de uma sala vip para as autoridades estrangeiras, por uma questão de cortesia e segurança. Mas para as demais autoridades, o privilégio é um acinte. Além disso, por que deputados e senadores precisam ter salas separadas? O mesmo vale para os ministros do STF e do STJ. Se as autoridades podem tirar o máximo proveito dos cofres públicos, por que economizar, não é mesmo?
A sala vip dos deputados tem 43 metros quadrados e possui –olhe só a mordomia– ar-condicionado, sofás, televisão, computador, telefone e copa. Seis funcionários se revezam ali para atender as “vossas excelências”. Tudo pago com o dinheiro dos contribuintes, como se o deputados –tadinhos deles!– ganhassem uma mixaria.
Essas salas vips existem há pelo menos 23 anos. Já passou da hora de acabar com elas, ou, no mínimo, restringi-las, porque são esses detalhes –que não são tão detalhes assim– que impedem que “estepaís” seja sério.
> Exército queria um "posto avançado" em folia do Carnaval.
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