O Paulo Markun (foto), apresentador da TV Cultura, vai substituir em junho Marcos Mendonça na presidência da Fundação Padre Anchieta, a gestora da TV Cultura. Entra um jornalista que transita entre os vários partidos, principalmente no PSDB e no PT, e sai um político tucano da turma do Alckmin. O nome do jornalista ainda terá de ser submetido ao conselho da Fundação, mas não deverá haver problema para a sua aprovação, informa a Folha. Markun foi convidado pessoalmente pelo governador José Serra.
Muito trabalho espera por Markun. Ele terá de refazer a grade de programação da emissora, dando mais atenção à cultura e melhorando do jornalismo, e ao mesmo tempo reduzir os gastos da emissora.
Em seu blog, no dia 17 de outubro de 2006, escreveu Markun:
... acho que a mídia não deve agir como um exército que defende apenas um lado e continua sendo salutar a separação entre editorial e noticiário, que muitos veículos abandonaram ao longo da estrada, para construir capas e manchetes sem a menor cerimônia, e em alguns casos, muito bem pagas. Sem falar em colunistas que transformam seu espaço de opinião numa trincheira ou num balcão de negócios. Quem está chuva precisa aprender a conviver com críticas e reclamações: em oito anos no comando do Roda Viva, coleciono resmungos e muxoxos de todo lado. Há quem veja o programa como um ninho de tucanos e os que enxergam ali um antro de petistas.
Atualização: ao Portal Imprensa, Markun negou que tenha sido convidado por Serra para ser o novo presidente da Fundação Padre Anchieta. "Não sei como especulam algo assim; existe uma eleição, não há como simplesmente ser indicado", disse. A negação do jornalista não invalida o fato de que ele é um dos nomes mais fortes cogitados para ocupar o cargo.
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