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Arquidiocese do Rio vai lançar cartão de crédito


A Arquidiocese do Rio e o Bradesco firmam parceria para lançar em dezembro o cartão de crédito Solidariedade Católica, com a marca Visa. O site da arquidiocese do cardeal Eusébio O. Scheid informa que parte do valor das compras feitas com o cartão e da anuidade será destinada a instituições carentes, mas não revela que percentual será este.

A decisão do lançamento do cartão foi precedida por uma pesquisa feita em agosto de 2006 pelo Bradesco com católicos praticantes (definidos como aqueles que vão no mínimo duas vezes por mês à missa) e não-praticantes. 84% das 220 pessoas consultadas aprovaram a idéia, considerando-a um “sinal de evolução” da Igreja Católica. Se for assim, a Igreja Renascer saiu na frente, porque ela já aceita doações dos fiéis por intermédio de cartão de crédito.

Com a pesquisa, o banco chega a algumas conclusões curiosas, como esta:

[Com o cartão de crédito católico] as pessoas ficam felizes ao se dar conta de que estão sendo solidárias sem ter que fazer nenhum esforço extra para isso.

Ou seja, o banco dá a entender que os católicos consultados são preguiçosos, porque estão dispostos a pagar para se sentirem solidários e, quem sabe, ganharem o reino do céu, desde que não deixem de usar o seu o Solidariedade Católica no shopping.

O banco destaca que o cartão chamará a atenção dos católicos/consumidores porque se trata da “junção de duas entidades fortes e bem conceituadas”.

Ou seja, o Bradesco se compara à Igreja Católica, como se estivesse fazendo um acordo com um parceiro do ramos dos negócios. De qualquer forma, é bom saber que a Igreja Católica continua uma "entidade forte e conceituada".

A pesquisa está no site da Arquidiocese. Nela não há nenhuma referência às elevadas taxas de juros cobradas pelos cartões de crédito. Nem sequer as pessoas pesquisadas falaram sobre o assunto. É um milagre.

Comentários

Unknown disse…
O Sr. Paulopes consegue criticar 120% das partes da matéria! Se a Igreja adere ao cartão, é sócia dos juros altos. Se não adere, é atrasada!... E ainda interpreta tendenciosamente a pesquisa do cartão, chamando os católicos de preguiçosos. Lembro que a Pastoral da Criança já tem experiência do tipo com cartão do HSBC, que por sinal, vai muito bem, obrigado.
Não precisamos desse tipo de notícia que não leva a lugar algum, cheia de tendências nefastas.
Paulo Lopes disse…
Caro Alexandre: incentivar o consumismo não deveria ser o papel da Igreja Católica (ou de qualquer outra), nem sob o pretexto de que, com isso, vão se beneficiar entidades de assistência social. Existem mil outras maneiras de ser solidário, Alexandre, além dessa comodista, que é o mesmo que dar esmola a um mendigo para ter a consciência aliviada.

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