A manchete de hoje da Folha, a de que o gerente de construção da linha do metrô 4 responde a processo sob a acusação de ter “favorecido” a construtora Andrade Gutierrez nos anos 90, está sendo reproduzida em todos os sites de informação e em vários blogs. O nome do gerente é Marco Antônio Buoncompagno, a referida linha foi onde ocorreu o desbarrancamento que matou sete pessoas e a Gutierrez é uma das construtoras do consórcio que cuida de obras do metrô.
O Ministério Público do Estado acusa Buoncompagno de ter facilitado a contratação de aditivos irregulares com a as construtoras Gutierrez e Mendes Jr, onerando as obras, e de ter construído de graça casas em Alphaville, condomínio de classe média alta na Grande São Paulo, ao presidente do Metrô da época, Antonio Sergio Fernandes, e a seus auxiliares. Tudo isso, ressalte-se, durante do governo do tucano Geraldo Alckmin.
Essas informações servem como ponto de partida para uma investigação sobre até que ponto a corrupção e o suborno são causas do acidente na linha 4 do metrô.
De qualquer forma, algo desde já parece estranho: por que Buoncompagno, mesmo sob investigação do MPE, foi mantido pelo metrô num cargo de alta responsabilidade no relacionamento com as construtoras?
Em outras palavras: por que colocaram uma raposa para tomar conta do galinheiro?
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