A CBM (Companhia Brasileira da Multimídia), de Nelson Tanure, associou-se à Editora Peixes, de Ângelo Rossi. “Associou-se” é a palavra utilizada pelo Jornal do Brasil, que também faz parte da CBM. Nas últimas semanas, boato dava conta de que Tanure estava negociando a compra da Peixes.
O JB não informa o que significará na prática a associação e nem sobre o valor da quantia que envolveu a operação, se é que houve desembolso da parte de Tanure.
A Peixes edita as revistas Gula, ViverBem, Speak Up, Set, Fluir, Girls, SKT, Próxima Viagem, Terra e Relais. Ela foi constituída em 1998.
Outro boato confirmado é que Tanure está passando a presidência da CBM ao executivo Daniel Bárbara, que vem da agência de propaganda DZP, onde ficou por 26 anos.
A partir de agora Tanure deve se concentrar na montagem de um dos maiores conglomerados de empresas de comunicações do país. Além do JB e da Peixes, estão sob o controle do empresário a Gazeta Mercantil, a revista Forbes Brasil, a Casa Brasil e a CNT, que em março passa a se chamar Rede JB de televisão. Há informação de que Tanure está tentando comprar a Editora Três, que edita a Istoé, entre outras revistas. Ele estaria disputando a Três com o banqueiro Daniel Dantas.
Os empresários de comunicação acompanham com uma certa perplexidade a rápida expansão de Tanure no setor. Ainda mais porque a mídia imprensa está sob os impactos das novas tecnologias e perde leitores em todo o mundo.
Entre jornalistas e intelectuais, há quem critique a legislação que permite tal poder de concentração de mídia numa única empresa.
O mercado de trabalho do setor está agitado. Tem havido demissões, como em Curitiba, de onde a sede da CNT vai se mudar para o Rio, e também admissões, como a do jornalista Boris Casoy, que vai apresentar um jornal na Rede JB a partir de março, em estúdios em São Paulo.
No texto da notícia do JB há uma frase de Tanure que revela o ímpeto do empresário:
– Os movimentos não param por aqui.> Íntegra da notícia.
> Rede JB de tv é o novo veículo do Tanure.
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