Em ofício encaminhado a Paulo Lacerda, diretor da Polícia Federal, o ex-secretário da Comunicação Luiz Gushiken solicita “a adoção de medidas policiais cabíveis” a jornalistas subornados pelo empresário Daniel Dantas para escrever mentiras sobre ele. Entre esses jornalistas Gushiken destaca três: Leonardo Attuch, da revista IstoÉ, e Lauro Jardim e Diogo Mainardi, da Veja. Lacerda informou que já há delegado investigando o caso. O ofício foi reproduzido no site Conversa Fiada, do jornalista Paulo Henrique Amorim.
O jornalista Márcio Chaer (que não está lista do Gushiken, pelo menos por enquanto), do site Consultor Jurídico, observa que o ex-secretário tornou público o seu ofício com objetivo intimatório. “Ao expor os nomes dos profissionais, Gushiken pode estar buscando dois objetivos: prevenir-se, cautelarmente, da publicação de fatos que vêm por aí e/ou desestimular jornalistas a escreverem a seu respeito”.
No oficio, Gushiken cita como mentira jornalística a nota de Lauro Jardim segundo a qual ele, o petista, teria consumido num restaurante uma garrafa de Grand Vin de Chateau Latour, safra 1994, ao preço de R$ 3.500,00, conta paga com dinheiro vivo.
Ele revela pela primeira vez que a quantia de dólares que foi roubada da casa dele em Indaiatuba, em 20 de dezembro de 2006, foi de 2.7000, “sobras de viagens ao exterior”, e não de US$ 3.150.000 insinuado por Mainardi.
Gushiken hoje faz parte do time das pessoas próximas a Lula que caíram em desgraçada em decorrência direta ou indiretamente dos escândalos do ano passado envolvendo o governo e o PT. O então secretário da Comunicação tinha sob controle a verba publicitária do governo e os fundos de pensão –fontes de recursos que ajudaram a embalar os escândalos.
Logo no início do governo, ele bateu de frente com os interesses do polêmico Daniel Dantas, o qual teria contratado a Kroll Associates para espioná-lo. Até hoje, mesmo fora do governo, Gushiken se sente perseguido por Dantas.
> Íntegra do ofício.
> Mais Gushiken.
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